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Venda de ações da Usiminas em poder da CSN "vai demorar"

Segundo o presidente-executivo da CSN, a companhia não está com pressa para se desfazer de ações de sua concorrente Usiminas

Benjamin Steinbruch, presidente-executivo da CSN: "estamos aguardando o melhor momento, mas posso dizer que vai demorar" (Fridman/Bloomberg)

Benjamin Steinbruch, presidente-executivo da CSN: "estamos aguardando o melhor momento, mas posso dizer que vai demorar" (Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2015 às 16h19.

São Paulo - A CSN não está com pressa para se desfazer de ações de sua concorrente Usiminas, disse o presidente-executivo da CSN, Benjamin Steinbruch.

"Estamos aguardando o melhor momento, mas posso dizer que vai demorar", disse Steinbruch à Reuters nesta terça-feira durante evento com empresários promovido pela revista Exame.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu em abril do ano passado que a CSN tem que reduzir sua participação acionária na rival Usiminas, adquirida em 2011, mas não informou o prazo.

E no final de março deste ano, o Cade rejeitou pedido da CSN para ter representante no Conselho de Administração da Usiminas.

A CSN comprou ações da Usiminas em várias operações no mercado durante processo de alteração no grupo de controle da rival, concluído com a entrada da ítalo-argentina Techint e saída dos grupos Votorantim e Camargo Corrêa.

Segundo Steinbruch, a venda de participação na Usiminas pode acontecer por venda direta a investidor estratégico ou de forma pulverizada na bolsa. "Pode ser qualquer das duas alternativas", disse.

Até o final de 2014, a participação da CSN na Usiminas era de 14,13 por cento das ações ordinárias e 20,69 por cento das preferenciais.

CENÁRIO

Segundo Steinbruch, o cenário para o setor siderúrgico no Brasil e no exterior "parou de piorar" para a CSN, que divulga seus resultados do primeiro trimestre na quarta-feira, antes da abertura da Bovespa.

Segundo pesquisa da Reuters, as produtoras de aço do Brasil tiveram um trimestre especialmente fraco, impactadas por retração na demanda por aço no mercado interno, parcialmente compensada por redução nas importações por conta da desvalorização do real contra o dólar.

"Acredito que vamos fechar o ano melhor do que estamos agora", finalizou Steinbruch.

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