Venda da Telecom Italia teria impactos no mercado brasileiro
Candidatas à compra, América Móvil é controladora da Claro, enquanto a Telefónica é dona da Vivo, ambas concorrentes da TIM, que é da Telecom Italia
Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2013 às 10h06.
Rio de Janeiro - A possível venda da fatia dos principais acionistas italianos na Telecom Italia , informada por fontes na terça-feira, teria impactos relevantes no mercado brasileiro, uma vez que a América Móvil , do mexicano Carlos Slim, e a espanhola Telefónica são apontados como candidatas à compra, afirmaram analistas.
A América Móvil é controladora da operadora Claro no Brasil, enquanto a Telefónica é dona da Vivo, ambas concorrentes da TIM, que é da Telecom Italia.
Para o analista da corretora CGD Securities Alex Pardellas, se Telefónica ou América Móvil assumirem o controle da Telecom Italia, os impactos da operação no país deveriam ser amplamente analisados pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
"Se América Móvil ou Telefónica adquirirem o controle da Telecom Italia, teriam uma participação muito grande no mercado brasileiro de telecomunicações", disse. "Seria bem delicado de ser aprovado por Anatel e Cade. Não é uma matéria de fácil aprovação", completou.
Segundo Pardellas, caso haja mudança de controle, independentemente da companhia compradora, seria acionado o tag along, mecanismo da legislação societária que garante aos acionistas minoritários receber pelas ações oferta de preço igual ao pago pelos papéis que compõem o bloco de controle.
Pardellas afirma que, para os consumidores, uma consolidação no setor de telecomunicações seria negativa por reduzir a concorrência, enquanto para as empresas isso poderia ter efeito contrário, já que o mercado brasileiro é considerado muito competitivo pelas companhias.
Na opinião do analista da corretora SLW Pedro Galdi, caso haja mudança de controle da Telecom Italia no exterior, os impactos no Brasil serão relevantes. "É um tema polêmico que pode dar muita dor de cabeça para o Cade", afirmou.
Nesta terça-feira, fontes próximas ao tema afirmaram que os acionistas italianos da Telecom Italia pretendem vender suas participações na empresa, decisão que pode abrir caminho para a aquisição da maior operadora de telecomunicações do país.
A Telefónica, que detém a maior fatia da Telco, controladora da Telecom Italia, pode ter a opção de comprar a fatia dos investidores italianos ou arriscar vê-las serem vendidas a concorrentes.
Analistas da corretora Bernstein afirmaram na semana passada que Vodafone, Telefónica, a japonesa Softbank, e AT&T, além da América Móvil eram potenciais compradores da Telecom Italia.
As especulações de que a companhia poderá ser alvo de aquisição intensificaram-se após o grupo norte-americano Verizon Communications fechar na segunda-feira a compra da fatia que a Vodafone detinha na Verizon Wireless. A onda de fusões e aquisições também passa pela holandesa KPN, alvo do interesse da América Móvil.
Rio de Janeiro - A possível venda da fatia dos principais acionistas italianos na Telecom Italia , informada por fontes na terça-feira, teria impactos relevantes no mercado brasileiro, uma vez que a América Móvil , do mexicano Carlos Slim, e a espanhola Telefónica são apontados como candidatas à compra, afirmaram analistas.
A América Móvil é controladora da operadora Claro no Brasil, enquanto a Telefónica é dona da Vivo, ambas concorrentes da TIM, que é da Telecom Italia.
Para o analista da corretora CGD Securities Alex Pardellas, se Telefónica ou América Móvil assumirem o controle da Telecom Italia, os impactos da operação no país deveriam ser amplamente analisados pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
"Se América Móvil ou Telefónica adquirirem o controle da Telecom Italia, teriam uma participação muito grande no mercado brasileiro de telecomunicações", disse. "Seria bem delicado de ser aprovado por Anatel e Cade. Não é uma matéria de fácil aprovação", completou.
Segundo Pardellas, caso haja mudança de controle, independentemente da companhia compradora, seria acionado o tag along, mecanismo da legislação societária que garante aos acionistas minoritários receber pelas ações oferta de preço igual ao pago pelos papéis que compõem o bloco de controle.
Pardellas afirma que, para os consumidores, uma consolidação no setor de telecomunicações seria negativa por reduzir a concorrência, enquanto para as empresas isso poderia ter efeito contrário, já que o mercado brasileiro é considerado muito competitivo pelas companhias.
Na opinião do analista da corretora SLW Pedro Galdi, caso haja mudança de controle da Telecom Italia no exterior, os impactos no Brasil serão relevantes. "É um tema polêmico que pode dar muita dor de cabeça para o Cade", afirmou.
Nesta terça-feira, fontes próximas ao tema afirmaram que os acionistas italianos da Telecom Italia pretendem vender suas participações na empresa, decisão que pode abrir caminho para a aquisição da maior operadora de telecomunicações do país.
A Telefónica, que detém a maior fatia da Telco, controladora da Telecom Italia, pode ter a opção de comprar a fatia dos investidores italianos ou arriscar vê-las serem vendidas a concorrentes.
Analistas da corretora Bernstein afirmaram na semana passada que Vodafone, Telefónica, a japonesa Softbank, e AT&T, além da América Móvil eram potenciais compradores da Telecom Italia.
As especulações de que a companhia poderá ser alvo de aquisição intensificaram-se após o grupo norte-americano Verizon Communications fechar na segunda-feira a compra da fatia que a Vodafone detinha na Verizon Wireless. A onda de fusões e aquisições também passa pela holandesa KPN, alvo do interesse da América Móvil.