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Devido a Brumadinho, Vale tem prejuízo de US$1,64 bi no 1º tri

Impacto financeiro da ruptura da barragem de Brumadinho (MG) foi de 4,954 bilhões de dólares devido a provisões, volumes perdidos e despesas de paradas

Rompimento da barragem da mina de ferro Córrego do Feijão em Brumadinho (MG) deixou, confirmadas até o momento, 237 vítimas fatais (Washington Alves/File photo/Reuters)

Rompimento da barragem da mina de ferro Córrego do Feijão em Brumadinho (MG) deixou, confirmadas até o momento, 237 vítimas fatais (Washington Alves/File photo/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de maio de 2019 às 20h00.

Última atualização em 9 de maio de 2019 às 20h20.

Rio de Janeiro — A Vale registrou prejuízo líquido de 1,64 bilhão de dólares no primeiro trimestre, contra lucro de 1,59 bilhão de dólares no mesmo período de 2018, com impactos do desastre de Brumadinho, que provocou ainda seu primeiro Ebitda ajustado negativo de sua história, informou a empresa nesta quinta-feira.

Maior produtora global de minério de ferro, a empresa teve um resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado negativo em 652 milhões de dólares nos três primeiros meses do ano, contra 3,93 bilhões de dólares positivo no primeiro trimestre do ano passado.

O impacto financeiro da ruptura da barragem de Brumadinho (MG), em 25 de janeiro, foi de 4,954 bilhões de dólares, de acordo com a empresa, devido a provisões, volumes perdidos, despesas de paradas, dentre outros.

Excluindo o impacto financeiro do Ebitda, o lucro líquido pró-forma da companhia teria atingido 3,312 bilhões de dólares no primeiro trimestre, sendo 500 milhões abaixo do quarto trimestre de 2018, devido, principalmente, a menores volumes de venda.

Devido ao desastre de Brumadinho, foram feitas provisões de 2,423 bilhões de dólares para os programas e acordos de compensação e remediação e de 1,855 bilhão de dólares para descomissionamento ou descaracterização de barragens de rejeito. Os volumes perdidos impactaram o resultado em 290 milhões de dólares e despesas com paradas somaram 160 milhões de dólares.

O rompimento da barragem da mina de ferro Córrego do Feijão em Brumadinho (MG), com capacidade para armazenar mais de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, liberou uma onda de lama que atingiu instalações da empresa, mata, comunidades e rios da região, incluindo o importante rio Paraopeba.

Foram confirmados, até o momento 237 vítimas fatais, grande parte de funcionários da própria Vale, e outras 33 pessoas estão desaparecidas.

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