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Lucro da Vale dispara no 1º tri, com 'folga' nas despesas de Brumadinho

No quarto trimestre de 2020, impacto de pagamentos a ações de compensação do acidente manteve lucro em patamares baixos

Carajás, da Vale: reabertura de Xangai deve reaquecer demanda (Germano Lüders/Exame)

Victor Sena

Publicado em 26 de abril de 2021 às 20h31.

Última atualização em 27 de abril de 2021 às 12h20.

A mineradora Vale , avaliada em 500 bilhões de reais, divulgou no começo da noite desta segunda-feira seu resultado financeiro do primeiro trimestre de 2021.

Os resultados vieram em linha com a expectativa de analistas, que previam um sucesso na receita.

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A receita da companhia foi de 12,6 bilhões de dólares, um crescimento forte em comparação ao mesmo período de 2020, que havia tido um resultado de 6,9 bilhões de dólares.

O EBTIDA (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização foi de 8,4 bilhões de dólares) deste primeiro trimestre foi de 8,3 bilhões, um recorde para o primeiro trimestre.

A alta é consequência da alta do valor do minério de ferro e da forte demanda chinesa. O país, que é o maior parceiro comercial do Brasil, vive uma retomada da economia neste início de 2021, com perspectivas de controle da pandemia da covid-19.

As expectativas de analistas ficaram ainda mais positivas quando a Vale divulgou na última semana seu relatório de produção e vendas no primeiro trimestre. A produção de minério de ferro nos três primeiros meses deste ano foi 14% maior que no mesmo período do ano passado. As vendas tiveram um aumento na mesma proporção, de 14,8%.

Lucro líquido volta à casa dos bilhões

O primeiro trimestre deu um "respiro" à companhia em despesas relacionadas ao desastre de Brumadinho. No quarto trimestre de 2020, o impacto de pagamentos a ações de compensação do acidente levou o lucro líquido para 739 milhões de dólares.

Agora, o lucro líquido foi de US$ 5,546 bilhões no 1T21, ficando US$ 4,807 bilhões acima do trimestre anterior, principalmente devido a despesas de Brumadinho, encargos de impairment nos ativos dos negócios de Níquel e Carvão e maior resultado financeiro.

As despesas com Brumadinho devem voltar a partir do segundo trimestre, levando o lucro líquido a cair mais uma vez. Apenas em 2021, a empresa deve desembolsar 2,1 bilhões de dólares.

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