O ministro Edison Lobão minimizou a saída de Agnelli da Vale (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2011 às 13h25.
Brasília - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, reafirmou hoje o discurso que vem sendo propagado no governo, de que a Vale precisa estar em linha com os interesses nacionais. "Ela precisa contribuir mais fortemente com os interesses do País", disse. O ministro usou como exemplo a necessidade de agregar valor ao minério de ferro antes de exportá-lo. "A produção de aço no País é conveniente, é necessária ao povo brasileiro e à sociedade", afirmou, em cerimônia de assinatura de um convênio com a Companhia Energética de Brasília (CEB), para promoção de eficiência nos prédios do Ministério de Minas e Energia e Turismo.
O ministro minimizou a saída de Roger Agnelli do comando da mineradora. "A saída dele não deve ser considerada um episódio anormal", disse. Questionado se a saída do executivo facilitará a estratégia almejada pelo governo de que a mineradora invista mais em siderurgia, Lobão disse acreditar que o próprio Agnelli "se esforçou nesse sentido". Lobão lembrou ainda que o executivo estava há quase dez anos no comando da empresa.
Belo Monte
Lobão disse ainda que a Vale é a empresa mais cotada para substituir o grupo Bertin no consórcio responsável pela construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará. "A Vale está avançada e poderá ser ela", disse.
Segundo Lobão, a decisão, no entanto, ainda não foi fechada e há outras empresas interessadas e que estão negociando para entrar na sociedade. O ministro citou o exemplo da Alcoa, da Votorantim e das empresas do grupo EBX, do empresário Eike Batista.