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Vale impulsiona política ambiental e trabalhista após críticas em Davos

A empresa é acusada de violar os direitos humanos com suas condições desumanas de trabalho e de exploração sem considerar a natureza.

A gigante informou também que determina suas políticas baseadas em um "guia de direitos humanos" lançado em 2010 (Divulgação/ Public Eye People´s)

A gigante informou também que determina suas políticas baseadas em um "guia de direitos humanos" lançado em 2010 (Divulgação/ Public Eye People´s)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2012 às 20h45.

São Paulo - A Vale, maior produtora de mineral de ferro do mundo, defendeu nesta sexta-feira suas políticas ambientais e trabalhistas, após ser considerada uma das "piores empresas" nessas frentes por ONGs em Davos, Suíça.

As organizações Declaração de Berna e Greenpeace da Suíça acusaram a Vale de violar os direitos humanos com suas condições desumanas de trabalho e de exploração sem considerar a natureza.

"A Vale sabe que a atividade mineral gera impactos e por isso atua de forma controlá-los e reduzi-los", respondeu a empresa em seu site no qual informou também que em 2012 "planeja investir 1,65 bilhão de dólares em ações socioambientais".

A gigante informou também que determina suas políticas baseadas em um "guia de direitos humanos" lançado em 2010 e que determina as condições trabalhistas de seus funcionários. "A Vale oferece seus trabalhadores um salário igual ou maior ao salário-mínimo exigido em cada localidade", assegura.

"Para fortalecer uma cultura baseada em resultados, o pacote de remuneração de cada funcionário inclui o pagamento de uma remuneração variável" com "títulos baseados no desempenho individual", informa o site da Vale, desenhado para "esclarecer" as afirmações contra a empresa.

A Vale defendeu também sua participação (9%) na construção da polêmica hidrelétrica de Belo Monte, que responde a suas necessidades de "grande consumidor de eletricidade" e a seus planos de crescimento.

Além da Vale, o banco britânico Barclays foi também catalogado dentro das "piores empresas" por práticas especulativas com os alimentos, que provocaram altas nos preços com consequências nefastas para os mais pobres.

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