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Vale espera retomada chinesa após menor lucro em dois anos

As ações da mineradora acumulam queda de 7,1% neste ano

Mineradora: a China, que respondeu por cerca de um terço das vendas da Vale, cresceu 7,6% no segundo trimestre (Nacho Doce/Reuters)

Mineradora: a China, que respondeu por cerca de um terço das vendas da Vale, cresceu 7,6% no segundo trimestre (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2012 às 09h14.

Rio de Janeiro - A Vale SA, maior produtora mundial de minério de ferro, está contando com a retomada do crescimento da economia chinesa para aumentar suas vendas depois que os preços em queda levaram a empresa ao menor lucro trimestral em mais de dois anos.

Pelos critérios contábeis dos Estados Unidos, o lucro líquido caiu 59 por cento no segundo trimestre para US$ 2,66 bilhões, ou US$ 0,52 por ação, contra US$ 6,45 bilhões, ou US$ 1,22 por ação um ano antes, disse ontem a empresa, após o fechamento do mercado. A expectativa média de analistas para o lucro ajustado por ação era de US$ 0,73, segundo sondagem da Bloomberg com 12 analistas.

A China, que respondeu por cerca de um terço das vendas da Vale, cresceu 7,6 por cento no segundo trimestre, o ritmo mais fraco em três anos. A Vale espera que as medidas de estímulo econômico lançadas pelo governo do primeiro-ministro Wen Jiabao e projetos de infraestrutura impulsionem a recuperação nos próximos trimestres, elevando a demanda por minério de ferro e outros metais.

“O crescimento do PIB na China no segundo trimestre já mostrou sinais de estabilização enquanto alguns indicadores apontam para o inicio de uma recuperação do investimento em infraestrutura e no mercado imobiliário, dois setores relevantes para a demanda por metais”, disse a Vale em seu balanço. “Esperamos que a demanda por imóveis continue a se expandir nos próximos anos, devido ao rápido crescimento econômico e ao intenso processo de urbanização.”

As ações da Vale acumulam queda de 7,1 por cento neste ano, comparado a uma perda de 10 por cento da BHP Billiton Ltd., maior empresa mundial de mineração, e uma baixa de 11 por cento na Rio Tinto Group, terceira maior atrás da Vale. Ontem, os papéis da brasileira caíram 0,1 por cento, para R$ 35,12 em São Paulo.

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