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Vale espera bater meta de vendas, apesar do primeiro tri

A Vale informou que vendeu 65,193 milhões de toneladas de minério de ferro e pelotas no primeiro trimestre, volume 4,2% inferior ao do mesmo período do ano passado

"“Iremos embarcar o planejado ou até mais”", afirmou em teleconferência com analistas (Divulgação/Vale)

"“Iremos embarcar o planejado ou até mais”", afirmou em teleconferência com analistas (Divulgação/Vale)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2012 às 17h46.

São Paulo/Rio de Janeiro - O presidente da Vale, Murilo Ferreira está confiante de que as vendas de minério de ferro atingirão no final do ano 310 milhões de toneladas, conforme anunciado pela companhia anteriormente. “Iremos embarcar o planejado ou até mais”, afirmou em teleconferência com analistas nesta quinta-feira.

O diretor executivo de Ferrosos e de Estratégia da Vale, José Carlos Martins, endossou o discurso, dizendo também aos especialistas que a meta está “totalmente compatível com a capacidade de transportes e embarques da companhia”. Ele ressalvou que o volume não será alcançado, caso “ocorra algum imprevisto”.

A Vale informou na noite da quarta-feira que vendeu 65,193 milhões de toneladas de minério de ferro e pelotas no primeiro trimestre, volume 4,2% inferior ao do mesmo período do ano passado. No balanço financeiro, a companhia explica que a queda foi motivada pelas fortes chuvas que atingiram suas operações, causando paralisações nas minas e ferrovias no sistema Sul e Sudeste.

Ferreira também demonstrou confiança de que a Vale irá desembolsar todo o orçamento de US$ 21,4 bilhões programado para este ano. “Estou confiante de que vamos gastar o que anunciamos e, provavelmente, até mais.” Ferreira ressaltou que nos últimos dias, a companhia reviu o cenário para investimentos e agora já trabalha com a perspectiva de desembolsar um valor acima do previsto inicialmente.

Formação de preços

O mercado carece de um sistema estável para formação de preços do minério de ferro. A avaliação é do diretor executivo de Ferrosos e Estratégia da Vale, José Carlos Martins. "Tínhamos um sistema estável até o terceiro trimestre de 2011 e de repente tivemos que mudar", informou durante a teleconferência.

Segundo ele, o sistema que era adotado até o terceiro trimestre do ano passado era baseado em contratos trimestrais e, atualmente, existem mais dez modelos para a precificação do mercado. "Todos são baseados em preços de referência do mercado, mas usando médias diferentes. Alguns clientes usam bases trimestrais, outros mensais, outros diárias", disse.


Martins frisou que os contratos estão cada vez mais próximos do mercado spot. "Grande parte do efeito se deu pela mudança do sistema e os efeitos daqui

para frente não devem continuar.” Ele destacou, ainda, que as vendas de minério de ferro com o preço “do dia” estão crescentes, completando que cerca de 40% das vendas da mineradora estão sendo feitas pelo frete CIF ("Custo, seguro e frete").

O diretor de estratégia descartou que o preço da tonelada do minério de ferro fique abaixo de US$ 120. “A expectativa é positiva. A China já passou pelo processo de acomodação e iniciou uma recuperação. O preço se sustentou bem na faixa de US$ 140 e agora tem evoluído para o patamar de US$ 150 e, olhando mais para frente, estamos otimistas.”

Martins ressaltou ainda que, em período de demanda mais forte, a tonelada pode alcançar US$ 180. “Mas o nível de US$ 150 é bem razoável do ponto de vista do mercado.” A Vale teve um preço médio de US$ 109,26 por tonelada de minério de ferro no primeiro trimestre. O valor é 13,41% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, de US$ 126,19.

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