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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Da paralisação de seus funcionários canadenses à menor participação da Ásia nas vendas, uma série de fatores refletiu negativamente nos resultados do balanço da Vale neste primeiro trimestre. A companhia apresentou uma receita operacional bruta de 13,029 bilhões de reais, 1,1% inferior à dos primeiros meses do ano passado. O principal responsável pela queda foi o setor de minerais não-ferrosos, cuja receita recuou 16%, de 3,554 bilhões de reais para 2,983 bilhões na comparação. O lucro líquido da companhia, de 2,879 bilhões de reais, ficou 8,6% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, embora seja 6,3% superior aos 2,708 bilhões do último trimestre de 2009. Em contrapartida, a área de minerais ferrosos, na qual a Vale é líder mundial, viu sua receita subir de 8,373 bilhões para 8,794 bilhões de reais na mesma comparação.
A queda da receita contribuiu para o lucro trimestral menor. Apesar de conter os custos de produção, que caíram 3,5%, para 6,635 bilhões de reais, o menor faturamento acarretou um lucro bruto de 5,948 bilhões, ante os 6,041 bilhões do período comparado. As despesas operacionais, 1,8% maiores somaram 1,924 bilhão de reais. Com isso, o lucro operacional recuou 29% sobre o primeiro trimestre de 2009, para 2,695 bilhões de reais. Os investimentos realizados no período somaram 2,2 bilhões de dólares, dos quais 1,7 bilhão foram gastos em crescimento orgânico e manutenção.
O níquel, que respondeu por 1,477 bilhão de reais no ano passado, recuou para 1,236 bilhão. No relatório que acompanha as demonstrações financeiras, a Vale afirma que “o desempenho do segmento de minerais não-ferrosos continuou a ser negativamente impactado pela greve em Sudbury e Voisey Bay”. Essas minas, localizadas no Canadá, estão paradas há mais de 260 dias.
Acompanhe a partir das 11 horas a cobertura ao vivo da teleconferência com Fábio Barbosa, diretor executivo de finanças da Companhia Vale do Rio Doce.