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Vale assina dois acordos na Coréia para construir usinas no Brasil

Se implantados, os dois projetos aumentarão a produção anual de placas de aço no Brasil em 9 milhões de toneladas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A missão oficial do Brasil à Coréia do Sul já trouxe resultados práticos hoje (24/5), com a confirmação de dois negócios programados pela Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) (Se você é assinante, leia reportagem de capa de EXAME, sobre a empresa.) . A maior produtora mundial de minério de ferro e pelotas firmou acordos com duas siderúrgicas sul-coreanas. Se implantados, os dois projetos aumentarão a produção anual de placas de aço no Brasil em 9 milhões de toneladas.

Junto à Pohang Steel Corporation (Posco), a maior do setor na Coréia do Sul, a Vale do Rio Doce vai avançar nos estudos para a construção de uma planta siderúrgica integrada em São Luís, no Maranhão. O projeto prevê o desembolso de 2,5 bilhões de dólares. As duas companhias, que estão concluindo os estudos de pré-viabilidade previstos em acordo assinado em setembro de 2004, irão constituir uma joint-venture para montar a fábrica. A usina terá capacidade de produção de até 7,5 milhões de toneladas anuais de placas de aço.

A Vale e a Posco já são parceiras na Kobrasco, joint-venture de pelotização na Ponta de Tubarão, no Espírito Santo. Para a usina capixaba, as duas empresas planejam aumentar a produção de 4,5 milhões de toneladas por ano para aproximadamente 6 milhões de toneladas anuais.

Cear

Além das tratativas com a Posco, a Vale também assinou compromisso com a Dongkuk Steel, terceira maior empresa siderúrgica da Coréia do Sul. Com a Dongkuk, a Vale planeja construir a Usina Siderúrgica do Ceará (USC). A capacidade de produção será de 1,5 milhão de toneladas de placas de aço por ano. Nesse projeto, a Vale será sócia minoritária e contará com outros parceiros, como a empresa italiana de equipamentos Danieli, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Estado do Ceará e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

Para a usina no Ceará, a CVRD fornecerá pelotas que serão utilizadas como matéria-prima, atendendo a 100% das necessidades da USC de 2,5 milhões de toneladas anuais.

Em comunicado oficial à imprensa, a Vale afirma que as duas iniciativas reiteram "a estratégia da CVRD de fomentar o consumo de minério de ferro, gerar empregos e divisas por meio de participações minoritárias em projetos siderúrgicos no Brasil, e o compromisso da companhia em atender à crescente demanda por pelotas".

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