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Usiminas renova acordo de acionistas por mais 20 anos para bloquear CSN

Nippon, Votorantim e Camargo Corrêa mantêm 53,7% de participação na siderúrgica

Renovação do acordo impede que a CSN altere a composição do controle da Usiminas até 2031 (DOMINGOS PEIXOTO/EXAME)

Renovação do acordo impede que a CSN altere a composição do controle da Usiminas até 2031 (DOMINGOS PEIXOTO/EXAME)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 16h34.

São Paulo – A Usiminas anunciou, nesta sexta-feira (18/2), a renovação do acordo de acionistas controladores da companhia, composto pelos grupos Nippon, Votorantim e Camargo Corrêa, até 2031. O grupo mantém 53,7% de participação da companhia. A medida é uma tentativa de neutralizar as ambições da concorrente CSN, que hoje detém 5,03% do capital total da Usiminas.

Segundo comunicado da Usiminas enviado a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o objetivo da renovação do acordo é demonstrar aos demais acionistas da empresa e ao mercado a estabilidade do grupo de controle e assegurar o contínuo crescimento e desenvolvimento da empresa.

Especulações

No final do mês passado, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) adquiriu novas ações ordinárias (USIM3) da concorrente Usiminas, passando a deter 5,03% dos papéis com direito a voto. A siderúrgica possui também 4,99% em ações preferenciais (USIM5). Na ocasião, a CSN afirmou, por meio de fato relevante, que estava estudando possíveis aquisições adicionais de ações da Usiminas.

A antecipação da renovação do acordo de acionistas – que deveria acontecer apenas em 2016 – impede que a CSN ou qualquer outra companhia altere a composição do controle da Usiminas nos próximos 20 anos. Das ações ordinárias (com direito a voto) restam 18,86% de participação disponível. Já as preferenciais (sem direito a voto) somam 48,18% disponíveis para compra.
 

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