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Usiminas reduz projeção de investimento em 2015

A empresa reduziu sua projeção de investimentos dm 2015, após ampliar no segundo trimestre o prejuízo dos três primeiros meses do ano


	Fábrica da Usiminas: desempenho fez o nível de alavancagem da companhia medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda aumentar para 3,7 vezes
 (Nelio Rodrigues/EXAME)

Fábrica da Usiminas: desempenho fez o nível de alavancagem da companhia medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda aumentar para 3,7 vezes (Nelio Rodrigues/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2015 às 17h06.

São Paulo - A Usiminas reduziu nesta quinta-feira sua projeção de investimentos em 2015 para 750 milhões de reais ante estimativa anterior de desembolsos de cerca de 1 bilhão de reais, informou o vice-presidente financeiro do grupo siderúrgico, Ronald Seckelmann, a analistas do setor.

A redução na projeção do investimento ocorreu depois que a empresa ampliou no segundo trimestre em mais de três vezes o prejuízo dos três primeiros meses do ano, afetada pela crise do mercado de aço e por baixa contábil na unidade de mineração por conta de piora nas expectativas sobre preços futuros do minério de ferro.

O desempenho fez o nível de alavancagem da companhia medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda aumentar para 3,7 vezes ante 1,7 vez no final de junho do ano passado, o que obrigou a empresa a pedir permissão a credores para descumprir métricas de endividamento no período que previam relação de 3,5 vezes.

Segundo Seckelmann, a Usiminas mantém estratégia de vendas de ativos como um dos recursos para manter nível elevado de liquidez, mas que não tem planos de emissão de novas ações. "Não estamos levando proposta de emissão de novas ações para o Conselho (de Administração)", disse o executivo em teleconferência.

A Usiminas terminou o segundo trimestre com 2,889 bilhões de reais em caixa, 10 por cento acima do nível ao fim de março e no mesmo patamar de um ano antes.

No fronte operacional, a Usiminas deve continuar apostando mais nas exportações, que no terceiro trimestre deverão ver o nível maior de participação de produtos laminados, que carregam margens maiores que placas, disse o diretor comercial Sergio Leite.

"Vamos ter venda um pouco menor no mercado interno e uma venda um pouco maior na exportação. A venda menor no mercado interno é consequência dos setores consumidores de aço que não estão mostrando qualquer tipo de recuperação, pelo contrário, e do cenário de estoques elevados em nossos clientes", disse Leite.

Nesta quinta-feira, a associação Anfavea, de montadoras de veículos, um dos principais clientes da Usiminas, informou que a produção de julho foi a pior para o mês desde 2006 e sinalizou possível novo corte de projeções para o ano nos próximos meses.

A companhia desligou dois alto-fornos em maio, por conta da fraqueza do mercado interno, mas novos ajustes de produção não estão sendo planejados para o terceiro trimestre diante da expectativas de exportações maiores, disse Leite.

Às 14h20, as ações da Usiminas exibiam queda de cerca de 2 por cento, enquanto o Ibovespa mostrava recuo de 0,4 por cento.

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