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Usiminas prevê mais um reajuste de preços até dezembro

Tabela subirá entre 3% e 6% em agosto, mas empresa não descarta uma nova alta para atenuar custos

Unidade da Usiminas: companhia anunciou resultados do 2º trimestre hoje (29/7) (.)

Unidade da Usiminas: companhia anunciou resultados do 2º trimestre hoje (29/7) (.)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

São Paulo - Durante a teleconferência de resultados da Usiminas hoje (29/7), Wilson Brumer, presidente da companhia, afirmou que o preço das toneladas de aço vendidas pela companhia terá de sofrer, até o final do ano, um reajuste maior que o anunciado, de até 6%.

A partir de agosto, a empresa informou que negociará com os clientes uma nova política de preço com aumento de 3% a 6%. Porém, essa margem de aumento ainda sim não compensará a pressão de aumento de custos que a companhia, como as demais do setor, vem sofrendo, graças à valorização da moeda brasileira e ao excesso da oferta de aço no mundo.

"O reajuste trimestral de preços já é uma realidade no setor do aço", afirmou Brumer (leia a reportagem sobre a teleconferência). "Em um momento futuro, precisaremos aumentar ainda mais o preço para garantir margens melhores e, por conseqüência, um melhor retorno aos nossos acionistas".

Investimentos e resultados

Na teleconferência, a companhia ressaltou os investimentos que serão feitos por meio da Mineração Usiminas, nova companhia do grupo, de 4,1 bilhões de reais no Brasil até 2015. Os recursos serão usados em projetos na mina que incluem instalações industriais, equipamentos, barragens e terminais de embarque - o valor não inclui gastos com a construção de portos.

Com os recursos, o objetivo é elevar a capacidade de produção da companhia dos atuais 7 milhões de toneladas de minério de ferro para 29 milhões de toneladas a partir de 2015.

No segundo trimestre deste ano, a Usiminas atingiu um lucro líquido de 347 milhões de reais, número 3% maior na comparação com o mesmo trimestre do ano passado. A margem de ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) saltou 526%, para um total de 872 milhões de reais, ante os 139 milhões de reais do segundo trimestre de 2009.

A receita líquida da companhia alcançou no segundo trimestre deste ano 3,587 bilhões de reais, um valor 49% maior que o do mesmo intervalo de 2009. O resultado financeiro da companhia apresentou uma despesa de 128,861 milhões de reais, em comparação com o resultado positivo de 539,585 milhões de reais do segundo trimestre do ano anterior.
 

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