Usiminas cria rede de distribuição para enfrentar importação
São Paulo - A Usiminas anunciou nesta quinta-feira a formação de uma rede de distribuição de aço que trabalhará exclusivamente com produtos da companhia, em uma estratégia para reforçar a posição da empresa frente ao volume crescente de importações siderúrgicas pelo Brasil. A companhia criou a Rede Usiminas, que inclui sua própria unidade de distribuição […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
São Paulo - A Usiminas anunciou nesta quinta-feira a formação de uma rede de distribuição de aço que trabalhará exclusivamente com produtos da companhia, em uma estratégia para reforçar a posição da empresa frente ao volume crescente de importações siderúrgicas pelo Brasil.
A companhia criou a Rede Usiminas, que inclui sua própria unidade de distribuição junto a outras nove empresas que aceitaram atuar exclusivamente com produtos do grupo siderúrgico.
"O que garante a competitividade da empresa é oferecermos ao cliente final o melhor valor para que possamos concorrer com a importação", disse o vice-presidente de negócios da Usiminas, Sérgio Leite.
A rede revende em conjunto uma média de 120 mil toneladas de aços por mês. Atualmente, a Usiminas vende cerca de 600 mil toneladas por mês, das quais 500 mil para o mercado interno, disse o executivo.
Com a formação da rede, a Usiminas não tem planos de novas aquisições em distribuição. "Não faz parte de nossa visão estratégica aquisição de distribuidores", disse Leite ao comentar a estratégia da empresa após a compra da Zamprogna, em 2008.
A rede trabalhará com o mesmo sistema de precificação adotado para os outros demais clientes do grupo siderúrgico, afirmou o executivo sem dar mais detalhes. "A diferença é que ela vai dispor de um apoio técnico da Usiminas muito grande para agregar valor ao cliente final", acrescentou.
Sobre reajustes de preços de aço para o período de julho a setembro, Leite foi breve, afirmando apenas que "ainda não existe decisão sobre preços do terceiro trimestre". Ele comentou, porém, que desde 1o de julho houve aumento de 35 por cento no preço do minério de ferro e de 75 por cento no preço do carvão.
No final de junho, o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), que trabalha com aços planos, especialidade da Usiminas, afirmou que as usinas siderúrgicas estavam conversando com distribuidores sobre reajustes entre 3 e 10 por cento a partir de julho.