United Airlines terá avião elétrico para voar em 2026
Nova aeronave tem investimento de Bill Gates e servirá para voos regionais com custo de operação inferior aos rivais
Gabriel Aguiar
Publicado em 15 de julho de 2021 às 15h40.
Última atualização em 15 de julho de 2021 às 15h45.
No que depender da United Airlines, daqui cinco anos, passageiros poderão viajar em aviões elétricos — e a meta dos americanos é zerar as emissões de poluentes até 2050. Já foram encomendadas 100 aeronaves ES-19, da startup sueca Heart Aerospace, que ainda está em fase de protótipo, mas que deve voar no fim de 2024. Por sua vez, a certificação está prevista para sair em 2026.
Mais econômico e mais barato
Com foco em voos regionais, a novidade deverá operar mais de 100 rotas nos próximos anos, por meio da subsidiária Mesa Airlines. De acordo com o fabricante, o ES-19 é 20 vezes mais econômico que aviões equivalentes com turboélice e 100 vezes mais eficiente que motores a jato no estilo turbofan. Mais que isso, os suecos afirmam que a manutenção também é mais barata que os rivais.
Essa aeronave elétrica da Heart Aerospace tem pressurização da cabine — que permite maiores altitudes e garante mais conforto nas viagens — e capacidade para até 19 passageiros em oito fileiras de assentos individuais. Ou seja: não há disputa de quem ficará na janela ou no corredor. Em relação à operação, os comandos são fly-by-wire (eletrônicos) e decola em pistas com até 750 metros.
Bateria de carros elétricos e smartphones
E não há segredo em relação ao conjunto de baterias de íons de lítio, que são semelhantes àquelas que já são utilizadas em automóveis elétricos e também pelos smartphones, enquanto os quatro motores de sete pás estão montados na asa alta — que permite operação em aeroportos com menos infraestrutura. Por sua vez, autonomia é de 400 quilômetros e a recarga é feita em 40 minutos.
Além da própria United Airlines (e, claro, da subsidiária regional), outras companhias aéreas mostraram interesse no projeto da Heart Aerospace, como é o caso da finlandesa Finnair, que confirmou a intenção de adquirir 20 unidades da aeronave. E, fora da aviação, o fundo Breakthrough Energy Ventures, criado por Bill Gates para reduzir as emissões de poluentes, também fez investimentos.