Carolina Strobel, da Antler: nós acreditamos que para ter a inovação que precisamos no mundo, nós temos que investir em modelos disruptivos, novos (Antler/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 20 de julho de 2023 às 08h07.
Última atualização em 3 de agosto de 2023 às 17h17.
No Brasil desde meados do ano passado, a Antler está anunciando a segunda lista de startups nacionais selecionadas para receber aporte. A gestora de venture capital escolheu seis empresas criadas em seu segundo programa de residência no Brasil, processo que durou 10 semanas e reuniu mais de 60 empreendedores.
A Antler funciona como uma plataforma de investimentos em negócios embrionários. Criado em 2017, em Singapura, o fundo tem um modelo diferente, procura por potenciais fundadores de startups antes mesmo que eles tenham um power point e um pitch a fazer.
Para encontrar os empreendedores, a empresa investe em programas de residência em que seleciona as pessoas com as ideias e projetos bem estruturados e com potencial de escalar.
“Nós acreditamos que para ter a inovação que precisamos no mundo, nós temos que investir em modelos disruptivos, novos. Investir na mesma coisa sempre, em caras que saíram de Harvard e do ITA, é impossível não ter sucesso, mas olhamos o mundo de maneira diferente”, afirma Carolina Strobel, partner da Antler no Brasil.
Globalmente, o fundo recebe mais de 65 mil pedidos por ano e menos de 1% participa dos programas. Nestes sete anos, a empresa investiu em 850 startups pelo mundo.
No Brasil, a gestora está na segunda edição, iniciando um novo ciclo de investimentos. Somados, os seis negócios escolhidos pela Antler receberão aportes totais de R$ 4,2 milhões, cerca de R$ 700 mil cada. Além das startups investidas, o programa de residência contribuiu para a formação de outros 26 negócios.
Os recursos vêm de um veículo de investimentos ancorado por fundos da Dinamarca, Coreia do Sul e Noruega e conta também com investidores nacionais como family offices e pessoas físicas. Ainda em fase de captação, a expectativa é de que o fundo local capte entre 30 milhões e 50 milhões de dólares, valores que permitiriam aportes em cerca de 100 startups ao longo dos próximos anos.
“Entidades governamentais apoiam os fundos da Antler no mundo todo. E aqui no Brasil nós estamos buscando também porque ainda não temos”, afirma Strobel. “Procuramos também outras classes de investidores”.
A tese de investimentos da Antler está estruturada em negócios que usam a tecnologia para oferecer produtos e serviços que sejam escaláveis, tanto sob o aspecto do setor em que estão inseridas quanto sob a perspectiva da expansão geográfica. Nesta segunda edição, as startups estão distribuídas por sustentabilidade, biotecnologia, marketing e plataformas tecnológicas.
Os negócios são: