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Uber perde diretor de tecnologia e Lyft demite 17% dos funcionários

Empresa de transporte por aplicativo sofrem com o número menor de corridas por causa do coronavírus e apostam em novas frentes de negócio para sobreviver

Uber: o diretor Thuan Pham está deixando a companhia após sete anos de trabalho (Luisa Gonzalez/Reuters)

Uber: o diretor Thuan Pham está deixando a companhia após sete anos de trabalho (Luisa Gonzalez/Reuters)

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Carolina Ingizza

Publicado em 29 de abril de 2020 às 18h13.

Última atualização em 29 de abril de 2020 às 18h16.

O diretor de tecnologia da Uber, o executivo Thuan Pham, está deixando a companhia após sete anos de trabalho. Com um redução de 70% no número de corridas mensais, a empresa de transporte por aplicativo foi duramente afetada pela crise causada pelo novo coronavírus. Na terça-feira, o site americano The Information reportou que a empresa estaria considerando demitir 5.400 pessoas, cerca de 20% de sua força de trabalho, para reduzir despesas.

Membros da equipe de engenharia do Uber vão assumir temporariamente a função de Pham até que a companhia encontre um novo diretor para a posição. "Me sinto à vontade para pendurar meu chapéu em um momento em que a equipe de engenharia da Uber está com o pico de produtividade, construímos um sistema robusto e escalável e estamos bem preparados para enfrentar o futuro", disse o ex-diretor em um comunicado para imprensa.

Pham notificou a companhia no dia 24 de abril de que iria sair definitivamente no próximo dia 16 de maio. Em nota, o presidente do Uber, Dara Khosrowshahi, disse que estava grato pelo trabalho de Pham. “Como líder de engenharia de nossa organização pelos últimos sete anos, Thuan fez contribuições importantes que ajudaram a Uber a ser a plataforma global de tecnologia que é hoje”, disse o presidente. 

A Uber, que não dá lucros ainda, demitiu aproximadamente 1.100 pessoas ano passado. Antes do coronavírus, os executivos haviam dito que teriam um trimestre com lucro até o final de 2020. Com a crise, o planejamento financeiro para o ano precisou ser alterado.

Setor de mobilidade urbana sofre

Nem só para o Uber a situação está complicada. Seu principal concorrente no mercado estadunidense, o Lyft, anunciou que iria cortar 982 empregos, cerca de 17% de sua força de trabalho, para reduzir custos e ajustar o fluxo de caixa durante a pandemia. Outros 288 funcionários vão entrar de licença e haverá uma redução nos salários. Executivos e membros do conselho vão perder 30%, vice-presidentes, 20%, e outros empregados, 10%. A diminuição vai durar cerca de três meses, começando em maio. 

“É claro agora que a crise da covid-19 vai ter implicações amplas para a economia, o que impacta nosso negócio. Portanto, nós tomamos a difícil decisão de reduzir o tamanho de nosso time”, disse o presidente e cofundador Logan Gree, em nota. “Queremos garantir que vamos emergir desta crise na posição mais forte possível para cumprir a missão da companhia”. 

Em uma tentativa de gerar receita, a Lyft passou a fazer o transporte de objetos e a entregar refeições e produtos de supermercados para estudantes e idosos nos Estados Unidos. O Uber, por sua vez, ampliou o escopo de produtos disponíveis na plataforma Uber Eats

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