Trump teve prejuízo de US$ 1,17 bilhão em uma década
Segundo o New York Times, os negócios de Trump fizeram com que o presidente evitasse o pagamento de impostos durante oito dos dez anos analisados
EFE
Publicado em 8 de maio de 2019 às 06h26.
Última atualização em 8 de maio de 2019 às 11h40.
Washington — O conglomerado empresarial do atual presidente dos Estados Unidos , Donald Trump , perdeu aproximadamente US$ 1,17 bilhão entre 1985 e 1994, segundo declarações de impostos revelados nesta terça-feira pelo jornal " The New York Times ".
A reportagem obteve cópias impressas das declarações de impostos de Trump e descobriu que o presidente relatou perdas de aproximadamente US$ 1,17 bilhão durante a década mencionada de seus negócios em cassinos, hotéis e edifícios residenciais.
Os repórteres do jornal nova-iorquino indicaram que Trump "parece ter perdido mais dinheiro do que quase qualquer outro contribuinte americano" no tempo estudado, ao comparar seus dados com as informações que o Internal Revenue Service (IRS) dos Estados Unidos recopila sobre uma mostra anual de pessoas de alta renda.
O "NYT" explicou que as altas perdas comerciais dos negócios de Trump fizeram com que o atual presidente evitasse o pagamento de impostos durante oito dos dez anos analisados.
Embora o jornal reconheça que não obteve as declarações da renda real de Trump, assegurou que recebeu "a informação contida nas declarações de alguém que teve acesso legal a ela".
A matéria cita um alto funcionário explicando que Trump "obteve uma desvalorização em massa e um refúgio fiscal devido à construção em larga escala e ao desenvolvimento subsidiado".
No entanto, um dos advogados pessoais de Trump, Charles Harder, aparece no relatório alegando que a informação fiscal é "comprovadamente falsa".
A notícia publicada pelo jornal chega no meio de uma batalha entre os democratas da Câmara dos Representantes dos EUA e o governo de Trump pela solicitação das declarações de impostos pessoais e comerciais do presidente de 2013 até 2018.
Trump é o primeiro presidente americano desde Gerald Ford (1974-1977) que não publica a cada ano sua declaração de impostos, uma tradição que seus antecessores consideravam parte do dever de transparência e prestação de contas diante da população dos Estados Unidos.