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Tribunal japonês rejeita pedido para ampliar detenção de Carlos Ghosn

Segundo a imprensa, o presidente da Renault e da aliança Renault-Nissan pode ser libertado em breve

Carlos Ghosn: executivo deve ser liberado da prisão em breve (Regis Duvignau/Reuters)

Carlos Ghosn: executivo deve ser liberado da prisão em breve (Regis Duvignau/Reuters)

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AFP

Publicado em 20 de dezembro de 2018 às 07h57.

Um tribunal japonês rejeitou nesta quinta-feira um novo pedido de ampliação da detenção de Carlos Ghosn e, segundo a imprensa, o presidente da Renault e da aliança Renault-Nissan pode ser libertado em breve com o pagamento de uma fiança.

Ghosn foi detido e colocado em prisão provisória em 19 de novembro, assim como seu braço direito, Greg Kelly. Os dois foram acusados de ocultação de renda e a detenção foi prorrogada até esta quinta-feira por outras suspeitas.

De acordo com o canal público NHK, o executivo pode ser liberado na sexta-feira após o pagamento de fiança para aguardar o julgamento.

A Procuradoria de Tóquio pretende recorrer contra a decisão do tribunal.

Ghosn, de 64 anos, está preso em um centro de detenção de Tóquio.

No dia 10 de dezembro ele foi acusado de ter omitido, entre 2010 e 2015, em suas declarações de renda às autoridades da Bolsa quase 5 bilhões de ienes (44 milhões de dólares). Greg Kelly também foi acusado.

A detenção dos dois executivos foi prorrogada por outras suspeitas de dissimulação de renda, que alcançam 4 bilhões de ienes (35 milhões de dólares).

A Nissan também é investigada como pessoa jurídica, já que a Promotoria suspeita da responsabilidade da empresa, a responsável por fornecer os relatórios incriminatórios às autoridades da Bolsa.

Uma investigação interna da montadora japonesa resultou na prisão de Carlos Ghosn, que foi destituído do posto de presidente do conselho de administração. Ele também foi afastado do comando da Mitsubishi Motors, mas Renault decidiu manter o executivo em seu cargo.

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