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Trabuco vê prazo em expansão de crédito em banco público

Diretor-presidente do Bradesco acredita que acesso a funding permitirá aos bancos públicos expandir as carteiras de crédito em ritmo superior aos privados

Trabuco, presidente do Bradesco: "bancos públicos têm a possibilidade, por funding que os bancos privados não têm, de ter uma política anticíclica um pouco melhor definida", afirmou (Germano Lüders/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2013 às 20h00.

Rio - O acesso a funding permitirá aos bancos públicos expandir as carteiras de crédito em ritmo superior às de bancos privados neste ano, mas a estratégia tem limites e, em algum momento, o descompasso entre os dois ritmos de alta diminuirá. A avaliação é do diretor-presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi .

"Os bancos públicos têm a possibilidade, por funding que os bancos privados não têm, de ter uma política anticíclica um pouco melhor definida", afirmou Trabuco, em intervalo de evento sobre o Bradesco, organizado pela Apimec Rio, nesta terça-feira. "Num determinado momento, por limitações do próprio funding que se opera (nas instituições públicas), os bancos privados têm condições de retomar suas fatias de mercado", completou.

Trabuco não ofereceu uma perspectiva sobre quando os bancos privados retomarão suas fatias em termos de participação de mercado. Segundo o executivo, a perspectiva de crescimento da carteira de crédito informado pelo Bradesco, de 11% a 15% neste ano, é "bastante adequado em relação ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto)".

Mais cedo, em palestra no evento da Apimec Rio, o economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros, estimou em "dois ou três anos" o tempo necessário para haver uma convergência no ritmo de crescimento das carteiras de crédito dos bancos públicos com o dos privados.

O Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco projeta alta total do crédito no Brasil de 14% neste ano, "com destaque para os bancos públicos", segundo Barros.

Para Trabuco, apesar do atual ciclo de elevação da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central (BC), não será possível, para os bancos, repassar a alta de juros aos clientes por causa da concorrência.

"A competição de mercado está tão forte que há pouco espaço para repassar para preço, tarifa ou juro", disse Trabuco, minimizando o impacto, no momento atual, da concorrência oferecida pela redução dos spreads pelos bancos públicos. "Isso tem limitações e essa redução já aconteceu. Agora, estamos vivendo um momento de normalidade."

Na visão dele, nesse quadro, a inadimplência está "comportada" neste ano, "surpreendentemente". Trabuco lembrou da captação recorde da caderneta de poupança e sugeriu que as famílias estão usando esses recursos para quitar suas dívidas.

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Rio - O acesso a funding permitirá aos bancos públicos expandir as carteiras de crédito em ritmo superior às de bancos privados neste ano, mas a estratégia tem limites e, em algum momento, o descompasso entre os dois ritmos de alta diminuirá. A avaliação é do diretor-presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi .

"Os bancos públicos têm a possibilidade, por funding que os bancos privados não têm, de ter uma política anticíclica um pouco melhor definida", afirmou Trabuco, em intervalo de evento sobre o Bradesco, organizado pela Apimec Rio, nesta terça-feira. "Num determinado momento, por limitações do próprio funding que se opera (nas instituições públicas), os bancos privados têm condições de retomar suas fatias de mercado", completou.

Trabuco não ofereceu uma perspectiva sobre quando os bancos privados retomarão suas fatias em termos de participação de mercado. Segundo o executivo, a perspectiva de crescimento da carteira de crédito informado pelo Bradesco, de 11% a 15% neste ano, é "bastante adequado em relação ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto)".

Mais cedo, em palestra no evento da Apimec Rio, o economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros, estimou em "dois ou três anos" o tempo necessário para haver uma convergência no ritmo de crescimento das carteiras de crédito dos bancos públicos com o dos privados.

O Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco projeta alta total do crédito no Brasil de 14% neste ano, "com destaque para os bancos públicos", segundo Barros.

Para Trabuco, apesar do atual ciclo de elevação da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central (BC), não será possível, para os bancos, repassar a alta de juros aos clientes por causa da concorrência.

"A competição de mercado está tão forte que há pouco espaço para repassar para preço, tarifa ou juro", disse Trabuco, minimizando o impacto, no momento atual, da concorrência oferecida pela redução dos spreads pelos bancos públicos. "Isso tem limitações e essa redução já aconteceu. Agora, estamos vivendo um momento de normalidade."

Na visão dele, nesse quadro, a inadimplência está "comportada" neste ano, "surpreendentemente". Trabuco lembrou da captação recorde da caderneta de poupança e sugeriu que as famílias estão usando esses recursos para quitar suas dívidas.

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