A pesquisa mostra também que os brasileiros ainda resistem a recorrer à Justiça para resolver problemas (Morio/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 1 de junho de 2011 às 16h42.
São Paulo – As reclamações trabalhistas são a segunda maior fonte de ações na Justiça brasileira, de acordo com uma pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Depois das questões familiares, que levaram 24,8% dos entrevistados aos tribunais, os conflitos com o patrão foram citados por 15,43%.
O levantamento do Ipea avaliou a percepção dos brasileiros sobre a Justiça e foi feito com 2.770 pessoas de todos os estados do país. Além de mostrar que família e trabalho são as querelas mais sérias, o estudo indicou que os brasileiros ainda resistem a recorrer à Justiça para resolver esses problemas.
Quando o conflito envolve repartições e empresas públicas, as pessoas parecem mais dispostas a entrar em uma batalha legal. Já nos casos em que o problema é com empresas com as quais o indivíduo fez negócio, a coisa muda de figura e a disposição para abrir uma disputa na Justiça cai para o último lugar em disposição para abrir um processo. As reclamações trabalhistas estão em quarto lugar nessa lista que leva em conta a iniciativa de iniciar um processo judicial.
Apesar de as pessoas não recorrerem aos tribunais em muitos casos de problemas no trabalho, os números ainda são consideráveis. Em 2010, só a União estava envolvida em 21.105 processos trabalhistas no TST (Tribunal Superior do Trabalho), sendo autora ou ré. A Caixa Econômica Federal está em segundo lugar, com 10.263 ações e a Petrobras vem logo atrás, com 8.591.