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Trabalhadores do Comperj anunciam fim da greve

Os cerca de 3,5 mil trabalhadores que estavam em greve no complexo petroquímico da Petrobras decidiram suspender a greve iniciada há 12 dias


	Trabalhadores do Comperj fazem manifestação em frente à sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro
 (Tânia Rego/ABr)

Trabalhadores do Comperj fazem manifestação em frente à sede da Petrobras, no centro do Rio de Janeiro (Tânia Rego/ABr)

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Da Redação

Publicado em 19 de março de 2015 às 22h05.

Os cerca de 3,5 mil trabalhadores que estavam em greve no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras, decidiram hoje (19) suspender a greve iniciada há 12 dias.

A decisão foi tomada em assembleia da categoria e anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores Empregados nas Empresas de Montagem e Manutenção (Sintramon).

As obras no Comperj foram duramente afetadas pela crise desencadeada pela Operação Lava Jato na Petrobras, com a interrupção de diversos projetos e suspenção de investimentos, atingindo principalmente as empresas responsáveis pela construção da infra-estrutura do complexo.

O vice-presidente do Sintramon, Marcos Hartung, explicou que os trabalhadores aceitaram o índice de reajuste linear de 7,13% proposto pelo Ministério Público do Trabalho e decidiram voltar ao trabalho. "Para nós, a greve está encerrada. Agora tem detalhes negociais que nós vamos acertar ainda."

De acordo com o Sintramon, em dezembro havia cerca de 16 mil funcionários no Comperj, mas até o momento ocorreram ao redor de 13 mil demissões.

Em outra ação no MPT, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Construção irá entrar com ação coletiva na Justiça para cobrar da Empresa Brasileira de Engenharia (EBE) o pagamento de verbas rescisórias a 1.077 operários que atuavam na construção de módulos da plataforma petroleira P26, integrante do Pré-Sal, cujo canteiro está localizado em Itaguaí (RJ).

A empresa, que tem contratos com a japonesa Modec, em obras para a Petrobras, terá que demitir os trabalhadores e arcar com cerca de R$ 11 milhões em verbas rescisórias e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

A empresa se comprometeu a dar baixa nas carteiras de trabalho para que os trabalhadores, que estão com salários atrasados desde janeiro, possam sacar o FGTS e dar entrada no seguro-desemprego.

Todas as homologações serão feitas até 8 de abril, com a ressalva de que, posteriormente, a empresa terá que pagar o restante das verbas rescisórias.

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