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Thyssenkrupp negocia ajuda de US$ 5,9 bi para unidade de aço

O governo da chanceler alemã Angela Merkel sinalizou disposição em oferecer apoio financeiro

ThyssenKrupp negocia ajuda com governo alemão (Thilo Schmuelgen/Reuters)

Marina Filippe

Publicado em 10 de novembro de 2020 às 12h34.

Última atualização em 10 de novembro de 2020 às 13h04.

A Thyssenkrupp está em negociações com o governo alemão sobre um pacote de ajuda para sua unidade de aço em dificuldades no valor de pelo menos 5 bilhões de euros (US$ 5,9 bilhões), o que supera em muito o valor de mercado atual do grupo, que tenta garantir sua sobrevivência.

O governo da chanceler alemã Angela Merkel sinalizou disposição em oferecer apoio financeiro para fortalecer a unidade e garantir a produção doméstica futura de uma forma ecologicamente correta de aço, segundo pessoas a par do assunto.

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Enquanto uma ampla variedade de ajudas ainda esteja sendo discutida, a siderúrgica e políticos avaliam cerca de 2 bilhões de euros em liquidez de um fundo do governo e pelo menos 3 bilhões de euros em subvenções, disseram as pessoas, segundo as quais a quantia ainda pode mudar consideravelmente durante as negociações.

A Thyssenkrupp e os ministérios das Finanças e Economia da Alemanha não quiseram comentar.

As ações da Thyssenkrupp acumulam queda de 61% desde janeiro, o que avalia a empresa em 2,9 bilhões de euros.

Antes sinônimo de excelência industrial na Alemanha, a Thyssenkrupp tenta sair da crise. A pandemia intensificou questões estruturais da empresa, que ainda emprega mais de 100 mil pessoas. A divisão de siderurgia enfrenta graves problemas, com a lucratividade afetada por enormes déficits de pensões e importações de aço barato da Ásia.

O governo pode oferecer subsídios equivalentes a cerca de 30% a 40% da transição de 10 bilhões de euros para a produção de aço livre de combustíveis fósseis no âmbito de um programa de desenvolvimento de hidrogênio, disse uma das pessoas, que pediu para não ser identificada.

Além do dinheiro para o projeto de aço verde, a Thyssenkrupp também está em negociações com o fundo de estabilização econômica (WSF) do governo alemão, criado no início do ano para resgatar empresas da crise de liquidez causada pela pandemia. As discussões visam ajudar a estabilizar a empresa, cobrindo perdas de cerca de 2 bilhões de euros, e mais fundos podem ser necessários, disseram as fontes.

“Para permitir que empresas como a Thyssenkrupp Steel inovem e se modernizem, estamos trabalhando com o governo federal e com a Comissão Europeia”, disse Andreas Pinkwart, ministro da Economia do estado, em comunicado enviado por e-mail. “Nosso objetivo: nos tornar a região europeia líder em indústria moderna e amiga do clima.”

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