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The Coffee estreia em Miami, o primeiro passo rumo aos US$ 10 mi nos EUA

Cafeteria fundada em Curitiba amplia cardápio em sua primeira loja nos EUA para incluir o que agrada o americano no café da manhã

The Coffee: operação nos EUA surge como prioridade do plano de expansão (The Coffee/Divulgação)

The Coffee: operação nos EUA surge como prioridade do plano de expansão (The Coffee/Divulgação)

Karla Dunder
Karla Dunder

Freelancer

Publicado em 4 de dezembro de 2025 às 11h00.

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A entrada de marcas brasileiras no mercado de café dos Estados Unidos cresce, mas ainda esbarra em hábitos consolidados, competição por ponto e preferência por conveniência.

É nesse ambiente que a The Coffee decide acelerar sua expansão global.

A marca curitibana inaugurou nesta quarta-feira, 3, sua primeira unidade americana, em Miami.

É o passo mais relevante da empresa desde que iniciou o processo de internacionalização em 2018 e abre caminho para transformar o país em seu principal mercado.

A operação nos EUA surge como prioridade do plano de expansão e chega com uma projeção concreta: faturar 10 milhões de dólares em 2026 no país.

“Os Estados Unidos tendem a se tornar o maior mercado da empresa. Estamos falando da maior economia do mundo e de um país em que o modelo de franquias é altamente consolidado”, afirma Carlos Fertonani, CEO da The Coffee.

O futuro da operação americana mira escala, adaptação de cardápio e maturação rápida da loja de estreia, localizada em Wynwood, bairro conhecido por trânsito turístico e concorrência alta.

A chegada em Miami

A unidade será operada por um franqueado que já atua com a marca na Cidade do México. O ponto tem 160 m², 42 assentos e formato premium, com brunch servido o dia todo.

A loja amplia o cardápio tradicional e inclui itens como Avocado Toast, Ham and Eggs e French Toast — uma adaptação necessária ao consumidor local, mais acostumado a refeições completas no café da manhã.

A abertura em Miami marca um passo importante na consolidação da presença global da The Coffee.

"A cidade é um dos principais polos de inovação e consumo dos Estados Unidos, com um público aberto a novas experiências”, diz Fertonani.

A estratégia de crescimento nos Estados Unidos

A empresa não entra em ritmo acelerado. Antes de multiplicar lojas, quer entender o consumo local e ajustar a operação.

“A entrada em Miami é o início da operação nos Estados Unidos, com o apoio de um sócio local. A estratégia da marca é consolidar a unidade, compreender hábitos locais de consumo e, a partir dessa maturação, ampliar abertura de novas lojas em outras cidades”, afirma.

A diferenciação da loja nos EUA não passa por origem do grão de café, mas por processo.

“Nos Estados Unidos, a The Coffee seguirá o mesmo princípio adotado nos demais países: trabalhar com fornecedores que garantam qualidade, consistência e rastreabilidade. A marca prioriza processos, treinamento e experiência, elementos que sustentam a identidade global”, diz o CEO.

O avanço internacional foi viabilizado por um aporte recebido em 2023. A empresa não detalha valores, mas confirma que o capital também contemplava a entrada nos Estados Unidos.

“A unidade de Miami segue o modelo de expansão adotado pela The Coffee internacionalmente, baseado em parcerias estratégicas e operação local. Em relação a aportes, sim, em 2023 recebemos nosso último aporte com o objetivo da expansão internacional”, afirma Fertonani.

100 lojas no exterior em 2026

A marca projeta chegar a 40 países e abrir 100 novas unidades internacionais em 2026. Antes disso, entra em Cazaquistão, Reino Unido, Argentina, Uruguai e Marrocos.

“A prioridade é consolidar mercados já existentes, fortalecer a operação em países-chave e avançar para novas regiões onde o modelo de negócio tem grande potencial de aderência”, diz o CEO. A padronização da experiência e o uso de tecnologia seguem como eixos da expansão.

O crescimento doméstico não perde espaço no planejamento.

“No Brasil, o plano é ampliar a presença em cidades turísticas, capitais e grandes centros. A marca continuará apostando em inovação de menu, automação e eficiência operacional”, afirma Fertonani.

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