Negócios

Tesla projeta diversos anos de crescimento a 50%

A expectativa provocou alta das ações


	Tesla: a empresa elevou sua projeção para uma produção de mais de 2.000 veículos por semana
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Tesla: a empresa elevou sua projeção para uma produção de mais de 2.000 veículos por semana (Andrew Harrer/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2014 às 13h56.

A Tesla Motors Inc. projetou um aumento nas encomendas do Model S e disse que está acelerando a produção do carro elétrico plug-in, o que provocou uma alta das ações.

A companhia está projetando uma venda de 50.000 exemplares do Model S em 2015. Fabricar tantos carros “não será problema”, disse o CEO Elon Musk, ontem, em uma teleconferência com analistas.

A Tesla elevou sua projeção para uma produção de mais de 2.000 veículos por semana até o final do ano que vem.

A projeção da empresa inclui um crescimento de 50 por cento no ano que vem e “provavelmente por diversos anos”. Musk disse que a Tesla poderá precisar de mais plantas de montagem nos EUA, na China e na Europa.

A empresa está “investindo bastante para aumentar a capacidade de produção do S”, disse ele, depois que um déficit de abastecimento levou a uma redução da projeção de vendas no quarto trimestre.

A Tesla também adiará mais a introdução de seu primeiro veículo utilitário esportivo porque Musk continua realizando modificações no carro.

“A questão para nós não é a demanda, a questão é a produção”, disse ele. “As pessoas não conseguem imaginar como é difícil fabricar alguma coisa -- é realmente difícil”.

As ações da empresa subiram 7,3 por cento após o período regular de negociações, para US$ 247,75, às 19h19, horário de Nova York. Os papéis haviam subido 54 por cento neste ano até o fechamento de ontem.

Os tempos de espera continuam variando de seis ou sete semanas até quatro meses, disse Musk na conferência. O interesse na versão com tração nas quatro rodas do Model S, desvendada no mês passado, indicaria até 70.000 encomendas no ano que vem, disse ele.

Mais da metade das vendas do Model S no ano que vem ocorrerão na América do Norte, projetou a Tesla ontem. Sua única planta de montagem, em Fremont, Califórnia, ficou paralisada quase um mês no terceiro trimestre porque a empresa estava se preparando para aumentar a produção e começar a fabricar a versão quatro rodas.

Lucros, vendas

Embora tenha superado as estimativas dos analistas com um lucro ajustado de 2 centavos por ação, a Tesla ficou aquém das estimativas de vendas de veículos no trimestre.

A mais jovem fabricante de carros de capital aberto dos EUA entregou 7.785 carros Model S, melhor resultado já registrado, mas abaixo da estimativa média de 7.892 de nove analistas consultados pela Bloomberg.

Além disso, a empresa, que registrou um prejuízo líquido de US$ 75 milhões, reduziu sua projeção de vendas de ano cheio de 35.000 para 33.000 carros, citando novamente a incapacidade de produzir tantos carros quanto as pessoas gostariam de comprar.

Musk disse que a empresa poderá precisar de mais plantas de montagem, especialmente quando começar a produzir o Model 3.

“Esse movimento será impulsionado, na verdade, pelo fato de que estamos ficando sem espaço fabril na Califórnia”, disse ele. “Eu esperaria que ao longo do tempo houvesse fábricas de verdade na China, assim como na Europa e na América do Norte. Nossa meta é acelerar o advento dos veículos elétricos. Para isso, nós precisamos produzir muitos carros e estamos também felizes por apoiar outras fabricantes ao longo do tempo na produção de veículos elétricos”.

A Tesla disse ontem de manhã que o Model S recebeu a classificação de segurança cinco estrelas, a máxima possível, do Programa Europeu de Avaliação de Novos Carros.

Foi o único carro a receber essa designação neste ano, além das cinco estrelas em cada subcategoria da classificação da Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário dos EUA, disse a empresa.

Acompanhe tudo sobre:AutoindústriaCarrosCarros elétricosLucroMontadorasTeslaVeículos

Mais de Negócios

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz vaquinha para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões

Haier e Hisense lideram boom de exportações chinesas de eletrodomésticos em 2024

Focada em criadores de conteúdo, Kiwify levanta R$ 50 milhões em primeiro FIDC. Entenda