A Vale não informou como ou quando vai retomar a operação (Luiz Braga/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2010 às 19h06.
Vitória - Uma tempestade com ventos de 118 quilômetros por hora destruiu na quinta-feira à noite dois descarregadores de navio do terminal de carvão de Praia Mole, um dos cinco portos do Complexo Portuário de Tubarão, em Vitória, no Espírito Santo. A perda dos dois descarregadores fez com que o terminal portuário, que é operado pela Vale e tinha três descarregadores operacionais, parasse de funcionar. Não houve vítimas porque os trabalhadores foram retirados do terminal antes da tormenta.
A mineradora confirmou a parada do desembarque de produtos no terminal e disse que apesar de ter adotado os procedimentos de segurança, não conseguiu evitar o tombamento dos equipamentos portuários. A Vale não informou como ou quando vai retomar a operação. "Técnicos da empresa estão no local com o objetivo de restabelecer as atividades do terminal o mais rápido possível", diz a nota divulgada pela empresa.
Com capacidade de movimentar 14 milhões de toneladas, o Terminal de Praia Mole é especializado em descarga de insumos para siderurgia e é o principal porto de movimentação de carvão mineral do País. É por isso que a parada desta instalação portuária preocupa: por lá chega todo carvão importado para abastecer as principais siderúrgicas de Minas Gerais e do Espírito Santo - Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), Gerdau e Usiminas.
O prejuízo com a perda dos descarregadores foi estimado em R$ 14 milhões (cada equipamento custa aproximadamente R$ 7 milhões).
O Terminal de Praia Mole tem cerca de 700 metros de comprimento e capacidade para descarregar até três navios de 90 a 250 mil toneladas de deslocamento ao mesmo tempo. Ontem à noite, no momento da tempestade, um navio estava atracado - Alpha Flame, de bandeira grega - que não foi atingido. Outros nove estão fundeados no litoral capixaba, esperando para descarregar no mesmo terminal. Mais três já estão a caminho do porto capixaba e deverão chegar nos próximos 30 dias, o que sugere que poderá haver congestionamento de navios carregados com insumos para siderurgia, em Vitória, caso o terminal não volte a operar logo.