Negócios

Telefônica estaria vendendo ações da Telecom Italia

Segundo a Folha, a venda buscaria atender ao Cade, que não aceita a participação do grupo na Vivo e na TIM, as duas maiores empresas de telefonia do Brasil


	Prédio da Telefônica: o grupo tem até junho de 2015 para resolver o impasse
 (Angel Navarrete/Bloomberg)

Prédio da Telefônica: o grupo tem até junho de 2015 para resolver o impasse (Angel Navarrete/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2014 às 07h56.

São Paulo - A Telefônica, dona da Vivo, articularia a venda de suas ações na Telecom Italia, controladora da TIM, segundo reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal “Folha de S.Paulo”. De acordo com a publicação, o grupo já estaria negociando a venda com fundos de investimentos.

A operação buscaria atender ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômico), que vê conflito de mercado na participação do grupo nas duas maiores empresas de telefonia do Brasil. A Vivo é líder no setor e a TIM está em segundo lugar. Juntas, as duas detêm quase 56% do mercado de telefonia móvel.

No mês passado, o órgão antitruste rejeitou recurso da Telefônica, que buscava garantir o aumento da fatia acionária na Telco. Desde então, o mercado especula a venda das ações pelo grupo espanhol.

Em 2013, a Telefônica aumentou de 46% a 66% sua participação na Telco, a maior acionista da Telecom Itália, que, por sua vez, detém 100% da TIM. Como consequência, a operação elevou a participação da espanhola na TIM de 7% a 10 %.

O Cade desaprovou o negócio e deu até junho de 2015 para que a operadora resolva o impasse.

Nesta quarta-feira, os acionistas decidiram acabar com a Telco. O plano é que cada acionista receba suas ações na Telecom Italia, de modo que a Telefônica será a maior acionista do grupo italiano, com 14,8% de participação.

Segundo o jornal, a transação pode facilitar a saída da Telefônica da Telecom Itália, já que os papéis da italiana têm mais interesse no mercado em relação aos da Telco.

A operação ainda depende dos órgãos reguladores do Brasil, da Argentina e da Itália.

Acompanhe tudo sobre:3GCadeEmpresasEmpresas abertasEmpresas espanholasEmpresas italianasOperadoras de celularServiçosTelecomunicaçõesTelefônicaTIMVivo

Mais de Negócios

PilotIn: nova fintech de Ingrid Barth usa dados para ampliar acesso a crédito

Após sobreviver à pandemia, academia de Fortaleza cresce quatro vezes desde 2020

Hotel, parque e outlet: conheça a rede que vai investir R$ 500 mi em megacomplexo na Paraíba

Eles transformaram uma moto financiada num negócio milionário de logística