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Telefónica mira vender TIM Participações em 2014

Segundo fontes, companhia espanhola busca uma solução de curto prazo para a Telecom Italia

Loja da TIM: decisão sobre a venda da TIM Participações, segunda maior operadora móvel do Brasil atrás da Vivo, que pertence à Telefónica (Alessandra Benedetti/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2013 às 17h25.

A espanhola Telefónica busca uma solução de curto prazo para a Telecom Italia e mira vender a brasileira TIM Participações em 2014, disseram à Reuters diversas fontes a par da estratégia.

O Conselho da Telecom Italia --que é controlada pela Telco, holding na qual a Telefónica concordou em gradualmente assumir uma participação majoritária-- tem reunião marcada para quinta-feira para analisar corte de custos, redução de dívida e estratégias de crescimento.

Contudo, uma decisão sobre a venda da TIM Participações, segunda maior operadora móvel do Brasil atrás da Vivo, que pertence à Telefónica, não será tomada na quinta-feira, segundo as fontes.

Em busca de avançar na reestruturação da Telecom Italia, as fontes disseram que a única alternativa da Telefónica no curto prazo é colocar mais dinheiro na Telecom Italia para ganhar tempo e preparar a venda da TIM no Brasil.

O esforço da Telefónica em melhorar a frágil estrutura de capital da Telecom Italia no curto prazo inclui uma possível injeção de capital de até 2 bilhões de euros. Mas tal movimento seria arriscado, já que a própria empresa espanhola luta para reduzir sua dívida.

Outras opções consideradas são vender torres de telefonia móvel da Telecom Italia no seu mercado doméstico, alienar a unidade argentina e cortar dividendos, embora ainda não exista decisão sobre nenhum desses pontos.

A Telefónica se recusou a comentar o assunto e a Telecom Italia não respondeu de imediato a pedidos de comentários.

Divisão da TIM

A TIM Participações pode ter que ser repartida entre as operadoras móveis que já atuam no Brasil, pois a venda para apenas uma das companhias no país elevaria em demasia a concentração de mercado, algo indesejável para o governo brasileiro.


"Um aporte de 1,5 bilhão a 2 bilhões de euros por meio de bônus conversíveis ou aumento de capital está em discussão. A venda da unidade na Argentina também é uma possibilidade", disse uma das fontes que discutiu o assunto com a Telefónica, sob condição de anonimato, ecoando as visões de outras oito fontes familiares com a situação.

"A última etapa é dividir TIM Participações e vendê-la em pedaços, mas isso não vai acontecer pelo menos até o segundo semestre do próximo ano. Assim, eles precisam ganhar tempo", acrescentou a mesma fonte.

As fontes disseram que as autoridades antitruste brasileiras estão lentamente sendo conquistadas sobre a ideia de que a TIM possa ser dividida entre duas ou três operadores, mas a luz verde para isso pode ainda estar a meses de distância.

A Telefónica também vai querer concluir a compra da concorrente alemã E-Plus e a venda de suas unidades na Irlanda e na República Tcheca antes de avançar com um outro grande negócio.

Além disso, a Claro e a Oi --dois dos potenciais compradores dos ativos da TIM-- vão precisar de seis a nove meses para colocar a casa em ordem e fazer tal investimento, disseram as fontes. Num cenário de divisão da TIM, a Vivo também ficaria com uma parcela da companhia.

Fontes em Madri, Milão e Londres dizem que autoridades italianas temem que a Telefónica saia da Telecom Italia uma vez concluída a venda da TIM Participações, o ativo mais precioso da companhia italiana.

Para manter o governo da Itália ao seu lado, a Telefónica está sendo convidada a mostrar comprometimento, participando de um aumento de capital e apoiando maiores investimentos em redes de telefonia fixa.

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A espanhola Telefónica busca uma solução de curto prazo para a Telecom Italia e mira vender a brasileira TIM Participações em 2014, disseram à Reuters diversas fontes a par da estratégia.

O Conselho da Telecom Italia --que é controlada pela Telco, holding na qual a Telefónica concordou em gradualmente assumir uma participação majoritária-- tem reunião marcada para quinta-feira para analisar corte de custos, redução de dívida e estratégias de crescimento.

Contudo, uma decisão sobre a venda da TIM Participações, segunda maior operadora móvel do Brasil atrás da Vivo, que pertence à Telefónica, não será tomada na quinta-feira, segundo as fontes.

Em busca de avançar na reestruturação da Telecom Italia, as fontes disseram que a única alternativa da Telefónica no curto prazo é colocar mais dinheiro na Telecom Italia para ganhar tempo e preparar a venda da TIM no Brasil.

O esforço da Telefónica em melhorar a frágil estrutura de capital da Telecom Italia no curto prazo inclui uma possível injeção de capital de até 2 bilhões de euros. Mas tal movimento seria arriscado, já que a própria empresa espanhola luta para reduzir sua dívida.

Outras opções consideradas são vender torres de telefonia móvel da Telecom Italia no seu mercado doméstico, alienar a unidade argentina e cortar dividendos, embora ainda não exista decisão sobre nenhum desses pontos.

A Telefónica se recusou a comentar o assunto e a Telecom Italia não respondeu de imediato a pedidos de comentários.

Divisão da TIM

A TIM Participações pode ter que ser repartida entre as operadoras móveis que já atuam no Brasil, pois a venda para apenas uma das companhias no país elevaria em demasia a concentração de mercado, algo indesejável para o governo brasileiro.


"Um aporte de 1,5 bilhão a 2 bilhões de euros por meio de bônus conversíveis ou aumento de capital está em discussão. A venda da unidade na Argentina também é uma possibilidade", disse uma das fontes que discutiu o assunto com a Telefónica, sob condição de anonimato, ecoando as visões de outras oito fontes familiares com a situação.

"A última etapa é dividir TIM Participações e vendê-la em pedaços, mas isso não vai acontecer pelo menos até o segundo semestre do próximo ano. Assim, eles precisam ganhar tempo", acrescentou a mesma fonte.

As fontes disseram que as autoridades antitruste brasileiras estão lentamente sendo conquistadas sobre a ideia de que a TIM possa ser dividida entre duas ou três operadores, mas a luz verde para isso pode ainda estar a meses de distância.

A Telefónica também vai querer concluir a compra da concorrente alemã E-Plus e a venda de suas unidades na Irlanda e na República Tcheca antes de avançar com um outro grande negócio.

Além disso, a Claro e a Oi --dois dos potenciais compradores dos ativos da TIM-- vão precisar de seis a nove meses para colocar a casa em ordem e fazer tal investimento, disseram as fontes. Num cenário de divisão da TIM, a Vivo também ficaria com uma parcela da companhia.

Fontes em Madri, Milão e Londres dizem que autoridades italianas temem que a Telefónica saia da Telecom Italia uma vez concluída a venda da TIM Participações, o ativo mais precioso da companhia italiana.

Para manter o governo da Itália ao seu lado, a Telefónica está sendo convidada a mostrar comprometimento, participando de um aumento de capital e apoiando maiores investimentos em redes de telefonia fixa.

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