Telecom Italia estaria tentando vender mais torres no Brasil
As torres brasileiras poderiam render 700 milhões de euros (US$ 951 milhões)
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2013 às 11h06.
Milão e Madri - A Telecom Italia SpA está trabalhando com o Morgan Stanley para sondar o interesse em suas torres de telefonia celular no Brasil de potenciais ofertantes como a American Tower Corp., segundo fontes familiares ao assunto.
A Telecom Italia , que tem cerca de 7 mil torres no Brasil por meio de sua unidade Tim Participações SA, também está analisando internamente como vender suas 12 mil torres de telefonia celular na Itália, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas porque as deliberações são privadas.
As torres brasileiras poderiam render 700 milhões de euros (US$ 951 milhões), disse uma das fontes.
A Ei Towers SpA, controlada pela Mediaset SpA, do ex-premiê italiano Silvio Berlusconi; a F2i SGR SpA, administrada pelo ex-executivo da Telecom Italia, Vito Gamberale, e a Abertis Infraestructuras SA, da Espanha, estão entre os potenciais ofertantes das torres italianas, segundo as fontes. As torres poderiam valer entre 500 milhões de euros e 1 bilhão de euros, reportou a Bloomberg em setembro.
O CEO Marco Patuano tem pressionado pela redução da dívida da Telecom Italia, com sede em Milão, que foi baixada para “junk” pelo Moody’s Investors Service e pela Standard Poor’s desde que ele assumiu no mês passado.
Ele disse à Bloomberg News na semana passada que a empresa pode retornar à nota de investimento em três anos ao reanimar seu negócio doméstico e reduzir seus US$ 38 bilhões em dívida líquida -- mais que o dobro de seu valor de mercado.
Assessores de imprensa da Telecom Italia e do Morgan Stanley preferiram não comentar a respeito da venda das torres. Representantes da Ei Towers, da F2i Fund, da Abertis e da American Tower também preferiram não comentar sobre seus potenciais interesses.
Corrida pelas torres
A Tim pode vender as torres ou formar uma joint venture por elas, disse ontem o CEO Rodrigo Abreu. A operadora compete no Brasil com a Telefónica SA, com sede em Madri -- a maior acionistas da Telecom Italia -- e com a América Móvil SAB, do México.
Os compradores, atraídos por margens de lucro brutas de mais de 80 por cento, estão correndo para abocanhar torres de telefonia no Brasil. Isso empurrou os preços para cima, fazendo com que subissem até 60 por cento nos últimos 12 meses, para cerca de US$ 200 mil por unidade, disse a analista Jennifer Fritzsche, da Wells Fargo Co., em agosto.
A Telecom Italia planeja levantar um total de cerca de 4 bilhões de euros por meio de medidas como a venda de torres brasileiras e italianas e a criação de empresas separadas para seus consumidores domésticos e serviços comerciais.
Neste mês, a empresa italiana vendeu seu negócio argentino para o financista mexicano David Martínez por US$ 960 milhões e emitiu 1,3 bilhão de euros em títulos conversíveis obrigatórios.
A dívida líquida ajustada da Telecom Italia totalizou 28,2 bilhões de euros no final de setembro. A empresa busca baixar esse total para menos de 27 bilhões de euros até o final do ano e reduzir a razão de dívida líquida e lucro antes de impostos, taxas, depreciação e amortização para 2,1 vezes até 2016, contra 2,9 vezes neste ano.
Milão e Madri - A Telecom Italia SpA está trabalhando com o Morgan Stanley para sondar o interesse em suas torres de telefonia celular no Brasil de potenciais ofertantes como a American Tower Corp., segundo fontes familiares ao assunto.
A Telecom Italia , que tem cerca de 7 mil torres no Brasil por meio de sua unidade Tim Participações SA, também está analisando internamente como vender suas 12 mil torres de telefonia celular na Itália, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas porque as deliberações são privadas.
As torres brasileiras poderiam render 700 milhões de euros (US$ 951 milhões), disse uma das fontes.
A Ei Towers SpA, controlada pela Mediaset SpA, do ex-premiê italiano Silvio Berlusconi; a F2i SGR SpA, administrada pelo ex-executivo da Telecom Italia, Vito Gamberale, e a Abertis Infraestructuras SA, da Espanha, estão entre os potenciais ofertantes das torres italianas, segundo as fontes. As torres poderiam valer entre 500 milhões de euros e 1 bilhão de euros, reportou a Bloomberg em setembro.
O CEO Marco Patuano tem pressionado pela redução da dívida da Telecom Italia, com sede em Milão, que foi baixada para “junk” pelo Moody’s Investors Service e pela Standard Poor’s desde que ele assumiu no mês passado.
Ele disse à Bloomberg News na semana passada que a empresa pode retornar à nota de investimento em três anos ao reanimar seu negócio doméstico e reduzir seus US$ 38 bilhões em dívida líquida -- mais que o dobro de seu valor de mercado.
Assessores de imprensa da Telecom Italia e do Morgan Stanley preferiram não comentar a respeito da venda das torres. Representantes da Ei Towers, da F2i Fund, da Abertis e da American Tower também preferiram não comentar sobre seus potenciais interesses.
Corrida pelas torres
A Tim pode vender as torres ou formar uma joint venture por elas, disse ontem o CEO Rodrigo Abreu. A operadora compete no Brasil com a Telefónica SA, com sede em Madri -- a maior acionistas da Telecom Italia -- e com a América Móvil SAB, do México.
Os compradores, atraídos por margens de lucro brutas de mais de 80 por cento, estão correndo para abocanhar torres de telefonia no Brasil. Isso empurrou os preços para cima, fazendo com que subissem até 60 por cento nos últimos 12 meses, para cerca de US$ 200 mil por unidade, disse a analista Jennifer Fritzsche, da Wells Fargo Co., em agosto.
A Telecom Italia planeja levantar um total de cerca de 4 bilhões de euros por meio de medidas como a venda de torres brasileiras e italianas e a criação de empresas separadas para seus consumidores domésticos e serviços comerciais.
Neste mês, a empresa italiana vendeu seu negócio argentino para o financista mexicano David Martínez por US$ 960 milhões e emitiu 1,3 bilhão de euros em títulos conversíveis obrigatórios.
A dívida líquida ajustada da Telecom Italia totalizou 28,2 bilhões de euros no final de setembro. A empresa busca baixar esse total para menos de 27 bilhões de euros até o final do ano e reduzir a razão de dívida líquida e lucro antes de impostos, taxas, depreciação e amortização para 2,1 vezes até 2016, contra 2,9 vezes neste ano.