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Telecom Italia está negociando compra da GVT, dizem fontes

Os executivos da Telecom Italia estão trabalhando na transação com Citigroup, Mediobanca e Bradesco, afirmaram diversas fontes à Reuters


	Telecom Italia: empresa pretende ao menos alcançar oferta da Telefónica pela GVT
 (Alessandro Bianchi/Reuters)

Telecom Italia: empresa pretende ao menos alcançar oferta da Telefónica pela GVT (Alessandro Bianchi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 20h11.

Londres - A Telecom Italia está em negociação com a Vivendi para adquirir a operadora brasileira GVT e superar uma recente oferta feita pela rival espanhola Telefónica, disseram fontes próximas ao tema.

O plano, que pode ser finalizado nas próximas três semanas, prevê uma proposta da Telecom Italia pela operadora brasileira de TV paga e banda larga, seguida de uma troca de ações que permitiria à Vivendi adquirir uma fatia na maior operadora de telefonia italiana, disseram as fontes.

Os executivos da Telecom Italia estão trabalhando na transação com Citigroup, Mediobanca e Bradesco, afirmaram diversas fontes à Reuters.

A notícia vem à tona pouco depois de a Telefónica, maior acionista individual da Telecom Italia nos últimos seis anos, fazer uma oferta não solicitada de 6,7 bilhões de euros pela GVT no início desta semana.

A Telefónica está trabalhando com o JP Morgan no acordo, segundo as fontes.

A operadora espanhola também ofereceu à Vivendi a chance de adquirir uma fatia de 8,3 por cento na Telecom Italia, que detém 67 por cento da segunda maior operadora de celular do Brasil, a TIM Participações.

A Telecom Italia pretende ao menos alcançar o valor da oferta da Telefónica pela GVT com dinheiro e ações, provavelmente na Telecom Italia mas possivelmente na TIM, disse uma das fontes do setor bancário.

Mediaset

A unidade de TV paga da Vivendi, Canal Plus, também está em negociações para a compra de uma fatia majoritária na rival italiana Mediaset Premium, uma subsidiária da Mediaset, disseram algumas das fontes.

O negócio poderia em última análise ser incorporado pela Telecom Italia como convergência de telecom e serviços de mídia, disseram as fontes, apesar do acordo da Telefónica fechado no mês passado de comprar 11 por cento da Mediaset Premium por 100 milhões de euros.

O Deutsche Bank está assessorando a Vivendi na Mediaset Premium, enquanto o Barclays está trabalhando com a rival Al-Jazeera, do Qatar, disse uma das fontes.

O acordo com a Vivendi permitira à Telecom Italia a se libertar da Telefónica e fortalecer sua posição na América Latina.

A Telecom Italia aproximou-se da Vivendi para uma possível compra da GVT no passado, mas se retirou das conversas por questões de avaliação, disse uma fonte com conhecimento direto da situação.

O presidente do Conselho da Vivendi, Vincent Ballore, já é um dos investidores estrangeiros mais influentes da Itália graças a uma fatia de 9 por cento no Mediobanca, o banco de investimento mais conhecido da Itália.

O Mediobanca, que as fontes dizem estar assessorando a Telecom Italia no acordo de fusão, foi até recentemente um dos principais acionistas da Telecom Italia.

Mais cedo nesta quinta-feira, a Bloomberg informou que a Telecom Italia buscava uma aliança com a Vivendi que poderia fazer o grupo francês obter uma participação "significativa" na companhia em troca da GVT.

A Telecom Italia também pode oferecer dinheiro ou emitir ações para financiar o acordo, disse.

A companhia italiana disse na quarta-feira que estava considerando todas as opções no Brasil.

Diversas pessoas próximas à situação disseram nesta quinta-feira que houve conversas entre o presidente-executivo da Telecom Italia, Marco Patuano, e Bollore antes de a Telefónica realizar sua oferta pela GVT.

Procurados, Telecom Italia, Vivendi, Mediaset e os bancos se recusaram a comentar.

As ações da Telecom Italia subiram mais de 1 por cento, para 0,812 euro, nesta quinta-feira, tendo sido negociadas abaixo de 0,798 euro antes da notícia da Bloomberg.

As ações da Vivendi inicialmente subiram com a notícia, mas depois caíram para fechar em queda de 0,9 por cento, para 19,285 euros, enquanto os papéis da Telefónica fecharam em queda de 1,4 por cento, para 11,63 euros.

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