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TAM vê desaceleração na demanda de passageiros no 2o semestre

São Paulo - A TAM espera uma desaceleração na demanda doméstica por viagens aéreas no segundo semestre depois de uma alta de 26 por cento até julho, num cenário um pouco mais pessimista que o divulgado esta semana pela rival Gol, que aumentou suas previsões para o ano. A maior companhia aérea do Brasil anunciou na […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

São Paulo - A TAM espera uma desaceleração na demanda doméstica por viagens aéreas no segundo semestre depois de uma alta de 26 por cento até julho, num cenário um pouco mais pessimista que o divulgado esta semana pela rival Gol, que aumentou suas previsões para o ano.

A maior companhia aérea do Brasil anunciou na noite da véspera prejuízo líquido de segundo trimestre de 154 milhões de reais, contra lucro de 555 milhões um ano antes, e informou que mantém suas estimativas para o crescimento da demanda em 2010 entre 14 e 18 por cento. "Acreditamos que o crescimento será menos intenso até o final do ano", diz a TAM.

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Na segunda-feira, a Gol elevou sua previsão de alta entre 12,5 e 18 por cento para 14 a 21 por cento, com base em uma expectativa de alta do PIB de 6 a 7 por cento em 2010.

"Em relação à oferta, ainda estamos crescendo abaixo das nossas estimativas, mas esperamos um crescimento mais acentuado para o segundo semestre, atingindo nossas estimativas", informa a TAM, que prevê alta no número de assentos ofertados de 12 por cento para 2010. Nos sete primeiros meses do ano, houve alta de 8 por cento.

A expectativa de taxa de ocupação média nas aeronaves da companhia é de 71 por cento em 2010, nível semelhante ao previsto pela Gol.

A reversão nos resultados da TAM no segundo trimestre foi pressionada por uma inversão de sinal na linha financeira da companhia diante de variações cambiais. A empresa sofreu uma despesa financeira de 154 milhões de reais de abril a junho contra receita de 972,7 milhões no segundo trimestre de 2009. Com isso, o resultado financeiro líquido incluindo derivativos de combustível encerrou negativo em 211 milhões de reais, ante 1,284 bilhão positivos um ano antes.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves (Ebitdar, na sigla em inglês) somou 289,2 milhões de reais de abril a junho, avanço de 75,6 por cento na comparação anual. A margem passou de 7,3 para 11,1 por cento.

A companhia registrou receita líquida de 2,6 bilhões de reais no trimestre passado, alta de 15,1 por cento na comparação anual.

Enquanto isso, os custos com combustível cresceram 36,6 por cento por conta do aumento no preço médio do litro em 24,2 por cento. No geral, as despesas operacionais subiram 6,3 por cento sobre o segundo trimestre do ano passado.

O resultado foi divulgado depois que a Gol anunciou na segunda-feira prejuízo líquido de 52 milhões de reais, após encerrar o segundo trimestre de 2009 com ganho de 354 milhões de reais, apoiada em ganhos cambiais.

O tráfego aéreo brasileiro em julho teve alta de 18,51 por cento ante o mesmo período de 2009, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A TAM permaneceu líder, com fatia de 43 por cento, pouco acima dos 42,9 por cento de junho e abaixo dos 43,15 por cento de um ano antes.

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