TAM: companhia aproveitará a aviação regional para alimentar suas rotas troncais no Brasil e destinos internacionais (Jean Pierre Pingoud/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 11 de novembro de 2014 às 13h20.
Guarulhos - A TAM, da Latam Airlines, deve decidir até o fim do primeiro trimestre de 2015 qual avião usará para operar aviação regional no Brasil, com a opção de turboélice já descartada, disse nesta terça-feira o presidente-executivo da holding TAM SA, Marco Bologna.
"Hoje, pela escala da aviação regional, faz sentido introduzir um avião menor. Até o final do primeiro trimestre de 2015 deveremos anunciar como vamos operar este mercado e qual equipamento vamos utilizar", disse o executivo a jornalistas, acrescentando que o ideal para a empresa é iniciar a operação com aviões de nova geração de aviões com até 100 assentos, que consomem menos combustível.
O executivo comentou que a empresa esta avaliando aviões Embraer, mas também o novo modelo CSeries, da canadense Bombardier, e até os modelos das estreantes no mercado de aviação regional Mitsubishi, do Japão, e Sukhoi, da Rússia.
Para minimizar o problema de disponibilidade de entrega dos aviões, a TAM poderá recorrer a acordos-ponte com empresas de leasing de aeronaves ou ao mercado secundário de jatos, disse Bologna.
O grupo Latam inaugurou no aeroporto de Guarulhos nesta terça-feira a maior sala VIP do grupo, um espaço de 1.800 metros quadrados que consumiu investimentos de 10 milhões de reais.
Bologna afirmou que a companhia aproveitará a aviação regional para alimentar suas rotas troncais no Brasil e destinos internacionais. Para a empresa, o interesse na aviação regional está em aeroportos que movimentem até 1 milhão de passageiros por ano em cidades com cerca de 300 mil a 350 mil habitantes.
Os novos aviões menores da empresa, que é uma das maiores operadoras de aeronaves Airbus do mundo, poderão servir também para atendimento nas fronteiras do Brasil com outros países da região, disse Bologna.
Segundo o executivo, a empresa está montando seus voos regionais sem considerar os subsídios acordados no plano do governo federal para incentivo ao segmento. "A melhor forma de incentivo é no custo (...) Estamos focados no fluxo de passageiros, mais que nos subsídios. Quem me garante que mesmo com subsídio vai ter passageiro?", afirmou.
Porém, ele reconheceu que os subsídios às passagens aéreas previstos no plano federal servirão como uma fonte de recursos para acelerar a implementação das futuras rotas regionais.
Na avaliação de Bologna, para 2015 o mercado brasileiro de aviação deve repetir o crescimento esperado para a demanda neste ano, de 5 por cento.