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Suzano tem queda de 60% no lucro do 1º trimestre

A companhia informou no balanço que projeta investimentos de 1,8 bilhão de reais neste ano, mesmo nível do aplicado em 2016

Suzano: A empresa teve queda de 33% na geração de caixa medida pelo Ebitda (Germano Lüders/Site Exame)

Suzano: A empresa teve queda de 33% na geração de caixa medida pelo Ebitda (Germano Lüders/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 3 de maio de 2017 às 20h57.

Última atualização em 3 de maio de 2017 às 21h48.

São Paulo - A Suzano Papel e Celulose teve queda de 60 por cento no lucro líquido do primeiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado, para 450 milhões de reais, informou a companhia nesta quarta-feira.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado recuou 33 por cento no período, para 847 milhões de reais.

As concorrentes da Suzano de capital aberto Fibria e Klabin também registraram quedas expressivas no lucro líquido do primeiro trimestre sobre um ano antes, de 66 e 44 por cento, respectivamente.

A queda no Ebitda ajustado da Suzano ocorreu, segundo a companhia, por "deterioração do preço lista da celulose e pela apreciação do real" no período. O recuo foi parcialmente contido por aumento nos preços de papel no Brasil e contenção de custos e despesas.

Por conta do câmbio e da menor rentabilidade no segmento de celulose, a Suzano afirmou que o retorno sobre capital investido (Roic, na sigla em inglês) consolidado, principal métrica de gestão da companhia, caiu 4,7 pontos percentuais, para 10,6 por cento.

A companhia informou no balanço que projeta investimentos de 1,8 bilhão de reais neste ano, mesmo nível do aplicado em 2016, excluindo a aquisição de terras e florestas no Maranhão.

A Suzano disse também que decidiu adiar desgargalamento em fábrica em Mucuri (BA), diante de "mudanças recentes no cenário macroeconômico".

O balanço também foi afetado por redução no resultado financeiro líquido, que passou de 724 milhões de reais nos primeiros três meses de 2016 para 125 milhões de reais no primeiro trimestre deste ano.

A empresa afirmou que aumentou o limite de contratação de hedge cambial de 40 para 75 por cento da exposição cambial dos 18 meses seguintes "para tornar a geração de caixa menos volátil e dar maior flexibilidade na gestão do fluxo de caixa".

Apesar da dívida líquida da Suzano ter caído 13 por cento no primeiro trimestre na comparação anual, para 9,75 bilhões de reais, a relação dívida/Ebitda ajustado subiu de 2,3 para 2,8 vezes na comparação anual, devido à queda do Ebitda.

"A companhia continua em busca de alternativas para reduzir o custo e alongar o prazo da dívida", afirmou a Suzano no balanço.

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