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Stellantis vê fábrica no RJ como parte de plano para expandir no Brasil

A Stellantis foi formada pela união da FCA com a PSA e o grupo resultante herdou o complexo fabril de Porto Real (RJ)

Em dezembro, Filosa tinha estimado que o mercado brasileiro de veículos leves "não tinha motivos" para não ter vendas de pelo menos 2,4 milhões a 2,45 milhões de unidades (Gonzalo Fuentes/Reuters)
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Reuters

Publicado em 7 de janeiro de 2022 às 18h54.

Última atualização em 7 de janeiro de 2022 às 19h53.

A Stellantis tem planos de crescimento de vendas dos veículos de Peugeot e Citroën no Brasil, mercado em que as marcas há anos enfrentam dificuldades para expandir sua participação, depois que o grupo formado no ano passado encerrou 2021 na liderança de vendas da América do Sul.

A Stellantis foi formada pela união da FCA com a PSA e o grupo resultante herdou o complexo fabril de Porto Real (RJ), que fabrica modelos Peugeot e Citroën além de motores. A fábrica tem capacidade para 150 mil veículos por ano, mas as duas marcas encerraram 2021 com vendas somadas de 52,9 mil veículos, segundo dados da associação de concessionários Fenabrave.

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"A fábrica em Porto Real está subutilizada, mas vamos colocar um dos principais lançamentos da Stellantis, o Citroën C3, e acreditamos que ele poderá rapidamente saturar a fábrica", disse o presidente da Stellantis para América do Sul, Antonio Filosa, nesta sexta-feira, a jornalistas. O executivo não deu detalhes sobre investimentos diante da proximidade de divulgação de resultados do grupo.

Em 2021, enquanto a Fiat, uma das principais marcas da Stellantis, conseguiu elevar sua participação no Brasil para quase 22% na liderança do mercado brasileiro, as fatias de Peugeot e Citroën no país ficaram ao redor de 1,5% cada uma.

"A fábrica de Porto Real terá um crescimento muito mais que expressivo... Nos demos bem até agora com os lançamentos de Betim (MG - Fiat) e Goiana (PE - Jeep) e se a gente repetir a mesma receita para os lançamentos da Citroën em Porto Real também, acredito que teremos boas notícias", disse Filosa ao ser questionado sobre o futuro do complexo fabril no Rio de Janeiro.

Em dezembro, Filosa tinha estimado que o mercado brasileiro de veículos leves "não tinha motivos" para não ter vendas de pelo menos 2,4 milhões a 2,45 milhões de unidades. Mas, nesta sexta-feira, o executivo comentou que diante dos impactos da variante ômicron da covid-19 é preciso reavaliar os números.

Mais cedo, a associação de montadoras, Anfavea, estimou que as vendas de veículo leves no país crescerão 8,4% neste ano, para 2,14 milhões de unidades.

"Esperamos que esta nova onda seja rápida, mas os números começam a preocupar", afirmou o executivo.

 

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