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Indústria farmacêutica sofre mais uma ameaça à reputação

A pedido da FDA,¿o laboratório¿Pfizer¿irá¿retirar dos pontos-de-venda o antiinflamatório Bextra. Segundo a agência americana de controle de

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

O setor farmacêutico sofreu, nesta quinta-feira (7/4) mais uma ameaça à sua reputação. Um novo medicamento terá de ser retirado dos pontos-de-venda por apresentar possíveis riscos à saúde. A agência americana responsável pelo controle de remédios e alimentos (FDA, na sigla em inglês) pediu e o laboratório Pfizer concordou em "suspender voluntária e temporariamente" as vendas do antiinflamatório Bextra. A mesma atitude será tomada no Brasil, Canadá, Europa e Austrália e deve ser anunciada ainda hoje (7/4) também no México e na Argentina. "A Pfizer acatou o pedido, embora acredite que os benefícios do medicamento sejam maiores do que os riscos", diz César Preti, presidente da subsidiária brasileira.

"A empresa respeitosamente discorda das alegações técnicas da FDA, mas achou melhor retirar o produto enquanto apresenta mais dados a todas as agências reguladoras envolvidas", diz João Fittipaldi, diretor médico da Pfizer no Brasil. Diferente dos motivos que levaram a concorrente Merck a retirar o Vioxx do mercado (aumento das chances de incidentes cardiovasculares, como derrame), o problema que está afastando o Bextra das prateleiras, segundo Fittipaldi, é um aumento (em quatro vezes) da incidência de reações alérgicas de pele na comparação com medicamentos semelhantes

A empresa estima que o Bextra está sendo ministrado a cerca de 30 mil pacientes no Brasil, onde é comercializado desde 2003, e 5 milhões no mundo. Embora seja mais adequado para o tratamento de dor aguda pós-operatória, também pode ser empregado para debelar dores crônicas.

Além dos (prejuízos à imagem), a retirada do Bextra traz um resultado financeiro negativo imediato. No Brasil, o remédio representa 2% do faturamento da Pfizer, onde a receita chegou a 1,6 bilhão de reais no ano passado. As caixas de Bextra, cujos preços variam de 24 a 48 reais conforme a dosagem, começarão a ser recolhidas na próxima semana. "Os procedimentos para que os clientes devolvam o produto e sejam reembolsados serão divulgados na semana que vem", afirma Eduardo Najjar, diretor de assuntos legais e corporativos da empresa. Um serviço de esclarecimento já está disponível pelo telefone 0800-709-7015.

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