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Sindicato faz passeata em São José contra operação entre Boeing e Embraer

Para trabalhadores, negócio fere lei por não se tratar da criação de uma joint venture, mas sim de uma cisão seguida de venda da brasileira

Sindicato dos Metalúrgicos: Ato de protesto terminou em frente à prefeitura da cidade (Sindicato dos Metaúrgicos/Divulgação)

Sindicato dos Metalúrgicos: Ato de protesto terminou em frente à prefeitura da cidade (Sindicato dos Metaúrgicos/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 16h43.

Última atualização em 23 de janeiro de 2019 às 17h12.

São Paulo - O sindicato dos metalúrgicos da região de São José dos Campos (SP), que representa funcionários da Embraer, organizou um ato na manhã desta quarta-feira, 23, contra o acordo fechado entre a fabricante brasileira e a Boeing.

A passeata percorreu o centro de São José dos Campos e reuniu cerca de 120 manifestantes de várias categorias, como petroleiros, professores e representantes de movimentos sociais. Durante o trajeto, lideranças sindicais falaram sobre os problemas que preveem para o Vale do Paraíba, caso a operação entre Boeing e Embraer se concretize.

O ato terminou em frente à prefeitura da cidade, onde os manifestantes cobraram um posicionamento do prefeito Felício Ramuth (PSDB) em defesa dos empregos.

Os metalúrgicos estão em campanha para barrar o acordo entre as fabricantes. Na visão dos trabalhadores, o negócio fere a Lei das Sociedades Anônimas (S/A) por não se tratar da criação de uma joint venture, mas sim de uma cisão seguida de venda do braço mais rentável da Embraer.

Eles defendem que as empresas se comprometam a, pelo menos, garantir a manutenção dos empregos no Brasil.

Já na ótica das companhias, a parceria fortalecerá tanto a Boeing quanto a Embraer, haja vista a força de vendas da gigante norte-americana - que tenderia a alavancar as vendas dos jatos E2 - e o caráter complementar de seus portfólios de produtos. Assim, o acordo ampliaria o potencial de geração de empregos no Brasil, e não destruiria vagas, como acredita o sindicato.

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