Negócios

Sindicalistas protestam no Rio contra Nissan dos EUA

Sobre as condições de trabalho no Brasil não há queixas, disse o diretor da Confederação Nacional dos Metalúrgicos


	Nissan: "Uma empresa que se coloca como patrocinadora de um evento internacional, como as Olimpíadas, precisa se posicionar sobre como trata os seus funcionários"
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Nissan: "Uma empresa que se coloca como patrocinadora de um evento internacional, como as Olimpíadas, precisa se posicionar sobre como trata os seus funcionários" (Andrew Harrer/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 12h37.

Rio - Cerca de 50 sindicalistas do setor automobilístico se reuniram em frente à sede do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos - Rio 2016, no centro do Rio, para manifestar indignação às condições de trabalho na fábrica da japonesa Nissan instalada no Mississipi, nos Estados Unidos.

A empresa é uma das patrocinadoras dos jogos olímpicos.

Sobre as condições de trabalho no Brasil não há queixas, disse o diretor da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) Waldir Freire Dias.

"Por estar há pouco tempo em Resende (RJ), a Nissan mantém conversa com os sindicatos. Mas, nos Estados Unidos, a situação é bem diferente. Uma empresa que se coloca como patrocinadora de um evento internacional, como as Olimpíadas, precisa se posicionar sobre como trata os seus funcionários", afirmou Dias.

A denúncia é que, nos Estados Unidos, a montadora persegue sindicalistas e não reconhece as reivindicações dos trabalhadores.

A entidade sindical no país, United Auto Works Union (UAWU), que convocou a manifestação no Rio, acusa a Nissan de obrigar funcionárias do Mississipi a usar fralda geriátrica para evitar a ida ao banheiro e, com isso, e a interrupção do trabalho.

"Não somos contrários aos investimentos da Nissan ou às Olimpíadas. Estamos protestando pelos trabalhadores. Queremos que a Nissan respeite as leis trabalhistas", disse Dias.

A manifestação reuniu representantes sindicais da CUT e da Força Sindical.

Não participaram, no entanto, representantes do sindicato do município de Resende, que, segundo o diretor da CNM, estavam reunidos pela manhã com a diretoria da montadora, no município fluminense.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasPolítica no BrasilEmpresas japonesasOlimpíada 2016OlimpíadasProtestosRio de Janeirocidades-brasileirasMetrópoles globaisMontadorasNissan

Mais de Negócios

Praia há 25 anos sem lançamentos entra na rota dos imóveis em Floripa

Uma crítica de bilhões: como essa empresa mudou de estratégia e virou líder em pagamentos digitais

Como essa empresa investe em jovens talentos para manter um negócio de US$ 6 bilhões

Ela vendia plantas no quintal, agora fatura até US$ 10 mil por live — e não está sozinha