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Sindicalistas fazem ato em defesa da Petrobras no Rio

O ato não vai abordar a Operação Lava Jato e deve se limitar a apontar a importância da estatal na economia brasileira


	Petrobras: funcionários planejam denunciar uma suposta tentativa de desmoralização da empresa
 (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Petrobras: funcionários planejam denunciar uma suposta tentativa de desmoralização da empresa (Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2015 às 10h04.

São Paulo - A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) convocaram uma manifestação para amanhã, 24, na região central do Rio de Janeiro, em "defesa da Petrobras".

O ato não vai abordar o esquema de corrupção na estatal investigado pela Operação Lava Jato e deve se limitar a apontar a importância da estatal na economia brasileira e a denunciar uma suposta tentativa de desmoralização da empresa.

"Embora eu ache que tem coisas esquisitas nessa investigação, tem gente muito mais preparada para falar sobre isso. Defendemos a investigação e punição rigorosa dos culpados, mas o ato terá o objetivo específico de chamar a atenção sobre a importância econômica da Petrobras", disse José Maria Rangel, coordenador da FUP.

"Não se pode generalizar as denúncias por causa de apenas dois funcionários que confessaram ilícitos", disse Rangel, em referência ao ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e ao ex-gerente de Serviços Pedro Barusco.

Segundo o presidente da CUT, Vagner Freitas, "oportunistas querem usar a conduta criminosa de alguns funcionários de alto escalão para preparar a empresa para a privatização".

De acordo com os organizadores, o escritor Fernando Morais, o cineasta Luiz Carlos Barreto, a filósofa Marilena Chauí, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo e líderes de movimentos sociais, entre os quais da União Nacional dos Estudantes (UNE), Via Campesina e Movimento dos Sem Terra (MST), confirmaram presença no ato.

Esses movimentos fazem parte de uma frente de esquerda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta articular desde o final do ano passado com os objetivos de defender contra a ameaça de impeachment da presidente Dilma Rousseff; fazer um contraponto ao avanço da agenda conservadora no Congresso Nacional, e disputar dentro do governo federal a execução de políticas "de esquerda" contra grupos conservadores representados por partidos que fazem parte da coalizão governista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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