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Símbolo do empresariado da Índia, quem foi Ratan Tata?

Tata estava em um hospital de Mumbai desde segunda-feira e morreu na quarta, aos 86 anos

Centenas de pessoas foram ao funeral para prestar as últimas homenagens a Tata (Punit Paranjpe/AFP/AFP)

Publicado em 10 de outubro de 2024 às 11h33.

A Índia se despediu nesta quinta-feira, 10, de um de seus líderes empresariais mais respeitados— Ratan Tata, que expandiu empresas sob sua marca para um gigante global abrangendo vários setores. Tata morreu na quarta-feira aos 86 anos. Tata estava em um hospital de Mumbai desde segunda-feira, mas a causa de sua morte não foi imediatamente tornada pública.

Antes de um funeral de estado, centenas de pessoas, incluindo empresários, políticos e celebridades se reuniram no centro financeiro da Índia, Mumbai, para prestar suas últimas homenagens a Tata.

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O corpo de Ratan Tata foi mantido em um centro cultural em Mumbai antes de ser cremado com honras de estado.

Conhecido por sua perspicácia empresarial exemplar e natureza filantrópica, Tata liderou várias empresas dentro de seu conglomerado por mais de 20 anos. Seu grupo registrou receita de US$ 165 bilhões em 2023-24.

Embora nos últimos anos Tata não tenha sido tão ativo na administração diária do grupo, ele foi consultado sobre grandes decisões pela liderança da Tata Sons, disse um executivo sênior da empresa à Reuters.

Quem foi Ratan Tata?

Sob seu comando, o Grupo Tata cresceu até se tornar uma companhia internacional, com um portfólio que abrange de software a carros esportivos.

Nascido em 1937 em Bombaim, hoje Mumbai, Tata pretendia ser arquiteto e estava trabalhando nos Estados Unidos quando sua avó, que o criou, lhe pediu para que voltasse para casa para tocar o negócio da família.

Ele começou em 1962 na TISCO, hoje conhecida como Tata, alojando-se em uma acomodação para aprendizes e trabalhando no chão de fábrica, perto dos altos fornos.

Assumiu o comando do império da família em 1991, justamente quando a Índia empreendeu suas reformas radicais de livre mercado.

Durante os 21 anos que Tata esteve à frente do conglomerado siderúrgico, a empresa ampliou sua presença global, incluindo marcas de luxo britânicas como Jaguar e Land Rover.

Repercussão

"A Índia e o mundo perderam um gigante com um coração gigante", disse o embaixador dos EUA Eric Garcetti no X sobre Tata, que recebeu o Padma Vibhushan, a segunda maior honraria civil da Índia.

"Ratan Tata foi um líder visionário cuja dedicação em melhorar vidas deixou uma marca indelével na Índia — e no mundo... Sua perda será sentida no mundo todo pelos próximos anos, mas sei que o legado que ele deixou e o exemplo que ele deu continuarão a inspirar gerações", escreveu Bill Gates no LinkedIn.

O presidente da Reliance Industries, Mukesh Ambani, também estava entre os líderes empresariais que prestaram suas últimas homenagens.

Outros participantes incluíram o Ministro do Interior da Índia, Amit Shah, o governador do banco central Shaktikanta Das, o jogador de críquete Sachin Tendulkar e o ator Aamir Khan.

Seu amor por animais o levou a abrir o Small Animal Hospital em Mumbai e ele frequentemente usava as mídias sociais para expressar sua preocupação com animais de rua. Seu cachorro de estimação foi levado ao funeral.

"Lembraremos seu legado de doações transformadoras para Cornell", disse a universidade no X, chamando a empresa de sua doadora internacional mais generosa.

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