Negócios

Shell nega negociação de venda de ativos na Argentina

Empresa desmentiu o boato através de um comunicado

A Shell já foi alvo de várias investidas oficiais de ordens de fechamento de unidades, milionárias multas e até um boicote popular (Shaun Curry/AFP)

A Shell já foi alvo de várias investidas oficiais de ordens de fechamento de unidades, milionárias multas e até um boicote popular (Shaun Curry/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2011 às 10h02.

Buenos Aires - A Shell Argentina desmentiu negociação de venda de ativos ao grupo chileno Luksic. "Em relação à informação publicada pela imprensa, que faz referência a uma possível venda de nossos ativos na Argentina, informamos que a Shell não está levando adiante nenhuma negociação para a venda de nosso negócio no país", disse a empresa, em nota oficial. No Chile, o Grupo Luksic também desmentiu a operação, que teria sido informada ao ministro argentino de Planejamento, Julio De Vido, na sexta-feira.

O assunto teria sido objeto de uma reunião realizada ontem de manhã no gabinete do ministro De Vido com seu colega chileno, Rodrigo Álvarez. A reunião foi confirmada por fonte do Ministério do Planejamento à Agência Estado e a outros meios de comunicação locais. À noite, as duas companhias desmentiram que o encontro tenha sido para tratar do acordo comercial. O executivo da Shell na Argentina, Juan José Aranguren, trava uma longa briga com o governo de Cristina Kirchner por conta dos preços controlados dos combustíveis.

A Shell já foi alvo de várias investidas oficiais de ordens de fechamento de unidades, milionárias multas e até um boicote popular, convocado pelo ex-presidente Néstor Kirchner, que morreu em outubro de 2010. A Shell Argentina possui 700 postos de gasolina e uma refinaria com capacidade de processamento de 18 mil metros cúbicos diários, além de uma unidade de elaboração de lubrificantes.

Os boatos sobre a venda desses ativos aos chilenos começaram logo depois que a holding Quiñenco, controlada por Luksic, adquiriu ativos da petrolífera no Chile por um valor de US$ 633 milhões, em maio passado.

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