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Setor aéreo fecha 2015 com lucro maior que o esperado

Lucro se deve a queda dos preços do petróleo, a forte demanda de passageiros e o fortalecimento de algumas economias consideradas estratégicas

Aéreo: "nossa expectativa é que as companhias aéreas consigam um retorno de capital de 8,3% este ano e de 8,6% no próximo" (Ian Kirby/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2015 às 09h18.

Genebra - A indústria aérea terminará o ano com lucro líquido superior ao projetado, com US$ 33 bilhões, que chegará a US$ 36,3 bilhões em 2016, valores que revelam "um bom momento financeiro e operacional", informou nesta quinta-feira a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).

Isto significa que as companhias aéreas fecharão 2015 com uma margem de lucro líquido de 5,1% graças a uma combinação de fatores, em que se destacam a queda dos preços do petróleo, a forte demanda de passageiros e o fortalecimento de algumas economias consideradas estratégicas.

"Estes números são melhores do que tínhamos reportado anteriormente. E nossa expectativa é que as companhias aéreas consigam um retorno de capital de 8,3% este ano e de 8,6% no próximo", disse o diretor-geral da Iata, Tony Tyler, em uma apresentação à imprensa .

A Iata destacou o ritmo de crescimento mais acelerado do que o esperado na zona do euro e o notável desempenho do setor na América do Norte, que permitiram compensar um ano decepcionante na América Latina, assim como a desaceleração econômica na China.

Aproximadamente a metade do lucro do setor vêm das operações da aviação comercial na América do Norte.

As atividades do setor aéreo representam uma fatia de 3,4% do Produto Bruto Global.

Tyler acrescentou que, "finalmente, após anos de destruição de capital, estamos no nível mínimo de rentabilidade que qualquer investidor esperaria, mas com um lucro de menos de US$ 10 por passageiro, devo dizer que a rentabilidade é mais frágil".

O organismo, que representa 260 companhias aéreas que movimentam 83% do tráfego aéreo mundial, considerou que é preciso esperar uma redução da rentabilidade, seja pela natureza cíclica da indústria, assim como pelo impacto que a alta das taxas de juros, que estão em níveis excepcionalmente baixos, terá quando acontecer.

Em termos de demanda de passageiros, a previsão é de um aumento de 6,9% em 2016, nível semelhante ao deste ano, o que representará 3,8 bilhões de passageiros em 54 mil rotas.

Nas operações de carga, o crescimento estimado ano que vem é de 3%. Em 2015 foi de 1,9%.

Ao oferecer uma perspectiva geral para o próximo ano, o economista-chefe da Iata, Brian Pearce, mencionou que contam com o crescimento do segmento de viagens de negócios, mas que acredita que as operações de carga continuarão fracas.

Taylor se referiu também ao golpe para a indústria que os ataques terroristas que aconteceram este ano representaram, especialmente a derrubada de um avião russo de passageiros que sobrevoava a região do Sinai, no Egito.

Apesar disso, ele afirmou que o setor "está bem fundamentado nos esforços para estar pelo menos um passo adiante da ameaça terrorista".

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Genebra - A indústria aérea terminará o ano com lucro líquido superior ao projetado, com US$ 33 bilhões, que chegará a US$ 36,3 bilhões em 2016, valores que revelam "um bom momento financeiro e operacional", informou nesta quinta-feira a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata).

Isto significa que as companhias aéreas fecharão 2015 com uma margem de lucro líquido de 5,1% graças a uma combinação de fatores, em que se destacam a queda dos preços do petróleo, a forte demanda de passageiros e o fortalecimento de algumas economias consideradas estratégicas.

"Estes números são melhores do que tínhamos reportado anteriormente. E nossa expectativa é que as companhias aéreas consigam um retorno de capital de 8,3% este ano e de 8,6% no próximo", disse o diretor-geral da Iata, Tony Tyler, em uma apresentação à imprensa .

A Iata destacou o ritmo de crescimento mais acelerado do que o esperado na zona do euro e o notável desempenho do setor na América do Norte, que permitiram compensar um ano decepcionante na América Latina, assim como a desaceleração econômica na China.

Aproximadamente a metade do lucro do setor vêm das operações da aviação comercial na América do Norte.

As atividades do setor aéreo representam uma fatia de 3,4% do Produto Bruto Global.

Tyler acrescentou que, "finalmente, após anos de destruição de capital, estamos no nível mínimo de rentabilidade que qualquer investidor esperaria, mas com um lucro de menos de US$ 10 por passageiro, devo dizer que a rentabilidade é mais frágil".

O organismo, que representa 260 companhias aéreas que movimentam 83% do tráfego aéreo mundial, considerou que é preciso esperar uma redução da rentabilidade, seja pela natureza cíclica da indústria, assim como pelo impacto que a alta das taxas de juros, que estão em níveis excepcionalmente baixos, terá quando acontecer.

Em termos de demanda de passageiros, a previsão é de um aumento de 6,9% em 2016, nível semelhante ao deste ano, o que representará 3,8 bilhões de passageiros em 54 mil rotas.

Nas operações de carga, o crescimento estimado ano que vem é de 3%. Em 2015 foi de 1,9%.

Ao oferecer uma perspectiva geral para o próximo ano, o economista-chefe da Iata, Brian Pearce, mencionou que contam com o crescimento do segmento de viagens de negócios, mas que acredita que as operações de carga continuarão fracas.

Taylor se referiu também ao golpe para a indústria que os ataques terroristas que aconteceram este ano representaram, especialmente a derrubada de um avião russo de passageiros que sobrevoava a região do Sinai, no Egito.

Apesar disso, ele afirmou que o setor "está bem fundamentado nos esforços para estar pelo menos um passo adiante da ameaça terrorista".

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