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Sem Panamericano, Grupo Silvio Santos teria prejuízo

Entre 2006 e 2009, o banco lucrou R$ 716,7 milhões, enquanto o grupo como um todo apresentou ganho de R$ 678 milhões

 Silvio Santos, controlador do banco Panamericano: financeira era seu melhor investimento (Samir Baptista/Divulgação)

Silvio Santos, controlador do banco Panamericano: financeira era seu melhor investimento (Samir Baptista/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2010 às 09h22.

São Paulo - Entre 2006 e 2009, o Banco Panamericano evitou que o Grupo Silvio Santos tivesse prejuízo. Nesse período, o banco lucrou R$ 716,7 milhões, enquanto o grupo como um todo apresentou ganho de R$ 678 milhões. Ou seja, considerando o intervalo inteiro, sem a instituição financeira, o resultado teria sido negativo em quase R$ 40 milhões. 

Esses cálculos foram feitos com base nos balanços colocados no site do Panamericano e no Relatório Anual referente ao exercício 2009, disponível no site do Grupo Silvio Santos. É preciso ressaltar que a descoberta do rombo de R$ 2,5 bilhões no Panamericano colocou em dúvida toda a contabilidade do banco. Como lembra um analista do setor bancário, os dados podem ter sido manipulados pela antiga administração do Panamericano para maquiar perdas. 

Partindo do princípio de que refletiam minimamente a realidade do banco e do grupo, fica claro por que o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que emprestou os R$ 2,5 bilhões ao empresário Silvio Santos, e outras instituições envolvidas no negócio acreditam que o Panamericano será o primeiro dos ativos do grupo a ser vendido. A outra candidata principal é a empresa de cosméticos Jequiti, considerada bem sucedida no ramo. 

Segundo fontes ligadas ao processo, já existiriam interessados no Panamericano - chegou-se a falar que seriam cinco. No entanto outra pessoa ligada às negociações pondera que Silvio Santos não deve correr para vender os ativos, apesar da pressão dos credores. Em primeiro lugar, porque é um negociador duro. Em segundo, porque o acordo que fez com o FGC prevê uma carência de três anos para começar a pagar o empréstimo. Até lá, o crédito será corrigido apenas pela variação do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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