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Abertura COP26: ”Se falharmos, não seremos perdoados”, diz Boris Johnson

Em discurso de abertura da COP26, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, chamou a atenção para a urgência do combate às mudanças climáticas

Boris Johnson: na COP, primeiro-minstro relembra urgência de decisões concretas sobre o clima (ADRIAN DENNIS/AFP via Getty Images/Getty Images)
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Renata Faber

Publicado em 1 de novembro de 2021 às 12h25.

Última atualização em 5 de novembro de 2021 às 13h33.

“Quanto mais demoramos para agir, pior fica”. Essa foi uma das frases iniciais do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ao abrir a COP26 , em Glasgow. Johnson relembrou o histórico da COP, que chega a sua 26ª edição: “Em Copenhagen, 11 anos atrás, reconhecemos que tínhamos um problema. Em Paris, 6 anos atrás, fizemos um compromisso. A COP26, em Glasgow, é o momento de agir”, disse.

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Ainda discorrendo sobre o histórico das COPs, Johnson reconheceu que “ as conferências sozinhas não resolvem as questões climáticas, tanto que estamos na 26ª edição. Em Paris construímos um bote salva-vidas, e em Glasgow precisamos colocar esse bote no mar”.

Sobre a urgência de endereçar as mudanças climáticas, Boris Johnson lembrou que estamos correndo contra o relógio. “Temos uma difícil missão, mas precisamos começar. Se não encararmos esse problema agora, será muito tarde para nossas crianças. Se falharmos, não seremos perdoados. Glasgow não pode ser conhecido como o momento da história em que falhamos.”

A COP26 dá a chance para que o Reino Unido, berço da Revolução Industrial, seja também o berço da Revolução Industrial Verde. “Nós, países desenvolvidos, temos uma obrigação e uma responsabilidade, pois foi aqui, 250 anos atrás, que a revolução industrial começou. E agora precisamos começar a Revolução Verde, que vai mudar o planeta e criar empregos”.

Johnson também falou da ajuda de 100 bilhões de dólares dos países desenvolvidos para aqueles em desenvolvimento, acordada em Paris. “Essa ajuda precisa acontecer, mas apenas dinheiro não vai solucionar a questão climática. Os governos não podem agir sozinhos”.

Boris Johnson reconheceu que já temos muitas ideias e tecnologias para fazer a transição para uma economia de baixo carbono. “Mas precisamos do setor financeiro, das ONGs e do setor privado juntos nessa missão.”

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