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Saraiva sai na frente em disputa pela Fnac no Brasil

De acordo com notícia divulgada pela agência Reuters, varejista teria surgido como possível compradora da rival

Fnac (Balint Porneczi/Bloomberg)

Fnac (Balint Porneczi/Bloomberg)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 7 de abril de 2017 às 10h52.

Última atualização em 7 de abril de 2017 às 11h13.

São Paulo – Depois da notícia de que a Fnac estaria saindo do Brasil, e a entrevista da empresa com a explicação de que ficará no país, mas busca um sócio, é a vez da Saraiva aparecer como uma possível compradora do negócio. A informação é da Reuters.

Segundo a agência, a então concorrente teria surgido como uma possível compradora do negócio brasileiro da varejista de livros e eletrônicos.

O processo de compra corre em sigilo, mas a Fnac Darty confirmou a contratação do Banco Santander Brasil para a assessoria financeira no processo.

Ainda de acordo com a Reuters, o banco já teria entrado em contato como uma lista de investidores, que incluiria General Atlantic LLC, Advent International, HIG Capital LLC e a Península Participações, que controla a fortuna do empresário Abilio Diniz.

Procurada por EXAME.com, a Fnac ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Em consolidação

A crise das varejistas de livros e eletrônicos é uma realidade há alguns anos, não só no país, como no mundo. Os negócios vêm sendo abalados pela mudança de comportamento dos consumidores, atrelada à retração de consumo dos mercados e à forte concorrência com a Amazon.

No Brasil há cerca de duas décadas, a Fnac no Brasil opera com 12 lojas e o negócio representa 2% das vendas anuais do grupo, estimadas em 7,4 bilhões de euros.

No entanto, com a queda das vendas nos últimos anos, a operação tem caixa suficiente para se manter com seus atual capital de giro, mas precisa de recursos de fora para conseguir expandir o negócio. 

A consolidação é uma realidade também do setor no Brasil. Em março, a Livraria Cultura, outra que vêm passando dificuldades, negou que estivesse em negociação de venda para a Saraiva.

Por sua vez, a Saraiva tem reduzido sua aposta nos livros e ampliado espaço para tecnologia, games e aluguel de área para cafés.

 

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