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SAP é mais nova gigante em busca de energia 100% renovável

Empresa acaba de se juntar ao Google e à Apple na cruzada por data centers e instalações totalmente abastecidos por fontes limpas


	Sede da SAP na Alemanha: emissões de carbono da empresa cresceram 12% em 2013
 (Wolfgang von Brauchitsch/Bloomberg)

Sede da SAP na Alemanha: emissões de carbono da empresa cresceram 12% em 2013 (Wolfgang von Brauchitsch/Bloomberg)

Vanessa Barbosa

Vanessa Barbosa

Publicado em 25 de março de 2014 às 17h17.

São Paulo – A fabricante alemã de softwares corporativos SAP lançou uma meta ambiciosa: garantir que todos os seus datacenters e instalações globais sejam abastecidos a energia renovável.

Com a investida, ela se junta a outras gigantes do TI, como o Google e a Apple, que também já se lançaram nessa cruzada. Em anúncio, feito nesta semana, a empresa se comprometeu a implementar a mudança a partir de 2014.

A medida visa minimizar a pegada de carbono da SAP e eliminar as emissões de causadas pelos seus clientes, que estão migrando para os serviços de nuvem.

As emissões de carbono da SAP cresceram 12% em 2013, disse a empresa. E a sua intensidade de emissões – que é a quantidade de carbono por unidade produzida – também cresceu: em 2013, gerou 32,4 gramas de emissões para cada euro de receita, em comparação com 30 gramas por euro em 2012.

Como chegar lá

De saída, a empresa planeja atingir a meta através da compra de créditos de carbono, o jeito mais fácil de conseguir isso.

Funciona assim: empresas que conseguem diminuir a emissão de gases efeito estufa de forma voluntária obtém estes créditos, podendo vendê-los nos mercados financeiros nacionais e internacionais.

Empresas que não conseguem reduzir suas emissões ou querem compensá-las podem então comprar esses créditos. Na prática, dá para tornar-se neutro em carbono, apenas comprando créditos ou certificados, ainda que se mantenha o consumo de combustível fóssil.

Além dessa, existem duas outras opções: fechar contratos de compra de energia renovável ou instalar fontes limpas próximas às suas instalações, como fez recentemente o Google.

Em entrevista ao canal Sustainable Business, do jornal britânico The Guardian, a empresa demonstrou mais interesse na primeira opção, pelo menos no curto prazo.

"Não queremos nos tornar um produtor de electricidade. Isso não é nosso core business", disse Jonas Dennler, gerente de meio ambiente global da SAP, que acrescentou que a empresa pode considerar a geração local no futuro.

Dennler se recusou a nomear as empresas das quais a SAP planeja comprar os créditos ou certificados, e também não revelou o orçamento para atingir o seu objetivo de 100% de energia renovável neste ano.

Atualmente, segundo o jornal, a empresa possui painéis solares instalados em sua sede na Alemanha e em seu escritório de Silicon Valley, mas as instalações representam menos de 1% do seu consumo de energia elétrica anual, que atingiu 320 gigawatts-hora em 2013.

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