Negócios

Santander tenta diminuir distância do Itaú e Bradesco

Embora já figure como terceiro maior banco privado do Brasil, banco deseja no médio prazo chegar mais próximo dos primeiros colocados


	Santander: corrida para encurtar distância dos líderes, mas queda de lucro no trimestre
 (Gustavo Kahil/EXAME.com)

Santander: corrida para encurtar distância dos líderes, mas queda de lucro no trimestre (Gustavo Kahil/EXAME.com)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 30 de julho de 2013 às 12h40.

São Paulo – O Santander Brasil acumulou lucro de líquido de 1,4 bilhão de reais no segundo trimestre e figura como terceiro maior banco privado do país. No critério lucratividade, no entanto, está ainda distante dos dois primeiros colocados: o Itaú registrou ganhos de 3,7 bilhões de reais no período, e o Bradesco, 2,9 bilhões. No que depender do Santander, essa distância deve ser encurtada no médio prazo.

Segundo Jesús Zabalza, presidente do Santander Brasil, nos próximos dois ou três anos, a intenção é crescer de forma recorrente, seletiva e sustentável e se aproximar mais dos primeiros colocados. “Queremos crescer em todos os aspectos, número de clientes, serviços, rentabilidade, crédito”, disse o executivo, em coletiva com a imprensa, nesta terça-feira. “Sabemos que, se atingirmos a satisfação dos clientes, todos os demais objetivos serão consequência”.

Para crescer no país, Zabalza não descarta aquisições, embora o foco, neste momento, seja o crescimento orgânico. “Temos condições de crescer das duas maneiras. No Brasil, o Santander sempre foi comprador e, se surgirem oportunidades, vamos avaliar”, disse.

Resultados

O Santander Brasil registrou lucro líquido de 1,4 bilhão de reais no segundo trimestre de 2013, queda de 4,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. No semestre, os ganhos do banco totalizaram 2,9 bilhões de reais, 9,8% menor em relação aos seis primeiros meses de 2012.

Embora ainda menor, o Santander conseguiu diminuir no trimestre a queda no lucro na comparação com o período anterior, quando os ganhos foram quase 10% menores em relação ao ano passado. "Tivemos um resultado compatível com o cenário econômico e em linha com o mercado. Os números começam a refletir a nossa estratégia de longo prazo", disse Zabalza.

De acordo com o banco, o trimestre foi marcado por dois aspectos que impactaram positivamente os resultados: o crédito, que voltou a crescer, e a inadimplência, que iniciou trajetória de queda.  A inadimplência apresentou queda de 0,6 ponto percentual na comparação com março, ficando em 5,2% no critério de 90 dias. No critério de 15 a 90 dias, a melhora foi de 0,4 ponto percentual, alcançando 4,5%.

A margem financeira apresentou redução de 2,9% em três meses, que, segundo o banco, se deve especialmente a resultados menores de atividades com o mercado. As receitas com margem de crédito apresentaram queda de 1%. As receitas com prestação de serviços e tarifas cresceram 2,2% em três meses. O resultado se deve por conta da evolução de atividades como cartões, conta corrente e seguros.

No trimestre, a operação brasileira representou 25% do resultado global do Grupo Santander, que obteve lucro líquido atribuído de 2,2 bilhões de euros, alta de 29% em 12 meses.

Acompanhe tudo sobre:BalançosBancosEmpresasEmpresas abertasEmpresas espanholasFinançasSantander

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia