Santander foi um dos melhores em teste de estresse
Segundo porta-voz do primeiro-ministro da Espanha, banco teve 'um dos melhores' resultados entre europeus; dados oficiais devem ser divulgados até a segunda quinzena de julho
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
Bruxelas - O gigante banco espanhol Santander teve "um dos melhores" resultados no teste de estresse realizado pelo Comitê de Supervisores Bancários Europeus (CEBS, na sigla em inglês), informou um porta-voz do primeiro-ministro da Espanha, José Luiz Rodriguez Zapatero. O porta-voz disse que Zapatero deu a informação para o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, na manhã desta quinta-feira, 17, em um encontro bilateral entre os dois líderes.
O relatório do ano passado só divulgou uma avaliação de que os bancos da União Europeia (UE), em geral, seriam capazes de sobreviver a uma recessão mais forte do que a que ocorreu. O comitê abrange 22 bancos, que representam 60% dos ativos bancários da UE.
Os líderes da UE decidiram, durante uma reunião em Bruxelas, publicar os resultados de testes de estresse dos bancos até a segunda quinzena de julho, no máximo, numa tentativa de restaurar a confiança nas instituições financeiras europeias que estão fortes e de oferecer suporte àquelas que estão em condições menos favoráveis.
"Não há nada melhor que transparência para demonstrar confiança", afirmou o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Rodriguez Zapatero. "Sentimos que devíamos fazer isso em um prazo razoável para promover a confiança na economia europeia".
"Se a intervenção estatal é necessária, isto será examinado na hora correta, sob as regras da comunidade", afirmou o presidente da Comissão Europeia José Manuel Barroso.
Novo imposto
A União Europeia também proporá um imposto sobre as transações financeiras ao grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo, o G-20, afirmou o presidente francês, Nicolas Sarkozy, após o encontro dos líderes europeus.
Sarkozy disse que a França e Alemanha consideram a questão importante e estão prontas para implementar o imposto mesmo sem haver um consenso global a respeito do assunto. O presidente francês salientou, no entanto, que, para ser eficaz, o imposto deve ser aplicado em âmbito global e reconheceu que alguns membros do Conselho Europeu não estavam "absolutamente entusiasmados".
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que todos os membros da UE buscarão a aplicação de uma taxa sobre os bancos que gerará receita para custear a resposta dos governos a uma futura crise financeira, além do imposto sobre transações financeiras mencionado por Sarkozy.
Segundo ela, os países da UE que pertencem ao G-20 vão defender a instituição tanto da taxa quanto do imposto de transações no encontro do grupo que acontece no final de junho em Toronto. Se o G-20 resistir, a chanceler diz que os países da UE podem decretar as taxas e o impostos por conta própria. As informações são da Dow Jones.