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Samsung é processada por aplicativos pré-instalados

Os apps são irremovíveis e, em alguns casos, consomem os planos de dados, o que torna a situação ainda mais problemática


	Os apps são irremovíveis e até consomem os planos de dados, o que torna a situação ainda mais problemática
 (Getty Images)

Os apps são irremovíveis e até consomem os planos de dados, o que torna a situação ainda mais problemática (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2015 às 11h10.

O hábito de incluir uma série de aplicativos “de fábrica” em seus smartphones e tablets parece não ter agradado os clientes da Samsung na China.

Tanto que, de acordo com o site local ShanghaiDaily, a empresa coreana – junto com a fabricante chinesa Oppo – foi processada pela Comissão de Proteção aos Direitos do Consumidor, em Xangai, por encher os aparelhos do que é chamado também de “crapware”.

A comissão, de acordo com a reportagem, analisou vinte smartphones, e colocou como principal culpado o Galaxy Note 3 e o Oppo Find 7a. O telefone da marca coreana vem com 44 apps pré-instalados, enquanto o da empresa chinesa vem com ainda mais assustadores 71 deles.

A lista de aplicações inclui dicionários, programas de compras online e uma ampla variedade de games, como donos de aparelhos da Samsung sabem bem.

O grande problema aqui é que as duas empresas não deixavam claro aos compradores que os aparelhos já vinham com todos esses aplicativos, o que infringe os direitos locais do consumidor. Além disso, os apps são irremovíveis e, em alguns casos, consomem os planos de dados, o que torna a situação ainda mais problemática.

“Esperamos que esse processo force as outras empresas do setor a acabar com essa prática inadmissível, porém comum”, disse à publicação Tao Ailian, secretário geral da comissão. “É algo que é muito necessário para o desenvolvimento saudável da indústria.”

Situação diferente

Ao contrário do que acontece por aqui ou mesmo nos EUA, os aparelhos com Android vendidos na China não vêm equipados com nenhum app do Google.

A solução que as fabricantes encontram, portanto, é criar as próprias lojas virtuais, apelar para apps desenvolvidos internamente ou recorrer a outras empresas, como o Baidu. Uma prática até nobre, não fosse pelo fato de que os programas nem sempre podem ser removidos.

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