Salesforce em negociações para comprar o Slack
A transação marcaria a entrada do gigante de serviços de computação em nuvem em serviços de mensagem corporativa
Karin Salomão
Publicado em 25 de novembro de 2020 às 14h29.
Última atualização em 25 de novembro de 2020 às 17h24.
A Salesforce está em negociações para comprar o aplicativo de mensagens Slack. Caso ocorra, a transação marcaria a entrada do gigante de serviços de computação em nuvem em serviços de mensagem corporativa.
As ações do Slack subiram quase 26% logo depois que o jornal Wall Street Journal noticiou as possíveis conversas entre as duas empresas. O grande rival do Slack é o serviço Teams, da Microsoft — as ações da concorrente estão em leve queda de 1,15%. Já o valor da Salesforce caiu cerca de 4% com o anúncio.
Seria a maior aquisição da história da Salesforce, uma vez que o valor de mercado do Slack é de 17 bilhões de dólares. Já o valor de mercado da Salesforce é de quase 230 bilhões de dólares. Nos últimos três meses, as ações do Slack subiram 32,1% e a da Salesforce, 16,9%.
Nos últimos anos, a Salesforce fez aquisições de peso. Em 2018, comprou a MuleSoft por 6,5 bilhões de dólares e, no ano seguinte, gastou 15,3 bilhões de dólares para incorporar o sistema de visualização de dados Tableau. A Tableau, sediada em Seattle, tem mais de 86.000 clientes, incluindo pesos-pesados de tecnologia, como a Verizon e a Netflix.
Outras aquisições menores da Salesforce, ainda neste ano, incluem a Vlocity, por 1,3 bilhão de dólares, e a rede de marketing The CMO Club, por um valor não revelado. Analistas já esperam algumas aquisições para aumentar sua velocidade de crescimento e inovação. O banco UBS recentemente afirmou que uma "falta de inovação" da Salesforce poderia prejudicar seu crescimento.
A plataforma Slack é usada para comunicação corporativa em ambientes de trabalho e permite chats individuais ou conversas em grupo, com compartilhamento de documentos, arquivos em áudio e conversas por teleconferência.
A companhia abriu o capital na bolsa de Nova York, a NYSE, em 2019. Na última divulgação de resultados trimestrais, a empresa apresentou receitas de 215,9 milhões de dólares, aumento de 49%. Também ganhou 30% mais a de clientes, chegando a 130.000 consumidores pagantes.