Mesmo após seca, Sabesp vai cortar investimento em 25%
Empresa afirmou que a queda no faturamento provocada pela seca é a causa do corte nos investimentos
Da Redação
Publicado em 30 de março de 2016 às 07h59.
São Paulo - Mesmo depois de decretar o fim da crise hídrica no início do mês, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ) anunciou na terça-feira, 29, que vai reduzir em 25% os investimentos em água e esgoto para 2016, na comparação com o ano passado, por causa do impacto financeiro provocado pela queda de faturamento com venda de água nos dois últimos anos de seca .
Dados divulgados pela Sabesp durante teleconferência com analistas, investidores e jornalistas sobre o balanço financeiro de 2015 mostram que os recursos aplicados na expansão e melhora dos sistemas de abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgoto caíram de R$ 2,4 bilhões, em 2015, para R$ 1,8 bilhão neste ano.
"Daqui para frente o investimento será recuperado, mas gradativamente, exatamente porque dois anos de crise hídrica impactaram a receita da companhia. A Sabesp sempre prima pela busca da sustentabilidade econômico-financeira, de tal maneira que os investimentos possam continuar ao longo do tempo", explicou o diretor econômico-financeiro e de relações com investidores da Sabesp, Rui Affonso.
Pelo segundo ano consecutivo, a maior redução dos investimentos ocorre na coleta e tratamento de esgoto, de R$ 1,1 bilhão para R$ 630 milhões, queda de 45,7%. Em 2015, a Sabesp já havia reduzido pela metade a destinação de recursos para esse setor, que antes da crise costumava concentrar cerca de 65% das aplicações da estatal.
Segundo a Sabesp, por causa da crise iniciada em 2014, a companhia decidiu priorizar os investimentos em água para aumentar a segurança hídrica para os cerca de 20 milhões de clientes da Grande São Paulo. Mesmo assim, os investimentos devem sofrer uma ligeira redução (6,4%), de R$ 1,25 bilhão para R$ 1,17 bilhão.
Nesse orçamento está prevista uma parcela dos investimentos na transposição de água da Bacia do Rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira, avaliada em R$ 555 milhões. A obra, que levará 5,1 mil litros por segundo da Represa Jaguari, em Igaratá, para a Atibainha, em Nazaré Paulista, teve início em fevereiro deste ano e tem previsão de entrega em abril de 2017.
Os valores não incluem o investimento feito na construção do Sistema Produtor São Lourenço, obra executada por meio de Parceria Público-Privada (PPP). Só no ano passado, o consórcio responsável pela construção aplicou cerca de R$ 700 milhões no empreendimento, que prevê a captação de até 6,4 mil litros por segundo na Represa Cachoeira do França, em Ibiúna, e uma nova estação de tratamento de água para atender 1,5 milhão de pessoas nas cidades da porção oeste da Grande São Paulo, como Barueri e Cotia.
Lucro
Balanço financeiro divulgado pela Sabesp na semana passada apontou uma queda de 40,6% no lucro da companhia em 2015, na comparação com 2014. O valor, de R$ 536 milhões, é 71% menor do que o registrado em 2013, último ano antes da crise, com R$ 1,9 bilhão de lucro. Os principais motivos da queda foram a redução de 8% no volume faturado de água e a perda de R$ 926 milhões com descontos na conta.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Mesmo depois de decretar o fim da crise hídrica no início do mês, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ) anunciou na terça-feira, 29, que vai reduzir em 25% os investimentos em água e esgoto para 2016, na comparação com o ano passado, por causa do impacto financeiro provocado pela queda de faturamento com venda de água nos dois últimos anos de seca .
Dados divulgados pela Sabesp durante teleconferência com analistas, investidores e jornalistas sobre o balanço financeiro de 2015 mostram que os recursos aplicados na expansão e melhora dos sistemas de abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgoto caíram de R$ 2,4 bilhões, em 2015, para R$ 1,8 bilhão neste ano.
"Daqui para frente o investimento será recuperado, mas gradativamente, exatamente porque dois anos de crise hídrica impactaram a receita da companhia. A Sabesp sempre prima pela busca da sustentabilidade econômico-financeira, de tal maneira que os investimentos possam continuar ao longo do tempo", explicou o diretor econômico-financeiro e de relações com investidores da Sabesp, Rui Affonso.
Pelo segundo ano consecutivo, a maior redução dos investimentos ocorre na coleta e tratamento de esgoto, de R$ 1,1 bilhão para R$ 630 milhões, queda de 45,7%. Em 2015, a Sabesp já havia reduzido pela metade a destinação de recursos para esse setor, que antes da crise costumava concentrar cerca de 65% das aplicações da estatal.
Segundo a Sabesp, por causa da crise iniciada em 2014, a companhia decidiu priorizar os investimentos em água para aumentar a segurança hídrica para os cerca de 20 milhões de clientes da Grande São Paulo. Mesmo assim, os investimentos devem sofrer uma ligeira redução (6,4%), de R$ 1,25 bilhão para R$ 1,17 bilhão.
Nesse orçamento está prevista uma parcela dos investimentos na transposição de água da Bacia do Rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira, avaliada em R$ 555 milhões. A obra, que levará 5,1 mil litros por segundo da Represa Jaguari, em Igaratá, para a Atibainha, em Nazaré Paulista, teve início em fevereiro deste ano e tem previsão de entrega em abril de 2017.
Os valores não incluem o investimento feito na construção do Sistema Produtor São Lourenço, obra executada por meio de Parceria Público-Privada (PPP). Só no ano passado, o consórcio responsável pela construção aplicou cerca de R$ 700 milhões no empreendimento, que prevê a captação de até 6,4 mil litros por segundo na Represa Cachoeira do França, em Ibiúna, e uma nova estação de tratamento de água para atender 1,5 milhão de pessoas nas cidades da porção oeste da Grande São Paulo, como Barueri e Cotia.
Lucro
Balanço financeiro divulgado pela Sabesp na semana passada apontou uma queda de 40,6% no lucro da companhia em 2015, na comparação com 2014. O valor, de R$ 536 milhões, é 71% menor do que o registrado em 2013, último ano antes da crise, com R$ 1,9 bilhão de lucro. Os principais motivos da queda foram a redução de 8% no volume faturado de água e a perda de R$ 926 milhões com descontos na conta.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.